Ela tem 65 anos. Ele, 24. Ela é a rainha do rock. Ele dá os primeiros passos. Ela lotou duas noites no teatro. Ele lotou uma casa noturna. Ela é diva. Ele é muso. Tão diferentes, mas tão iguais. Dois artistas. E ver um artista, desses de verdade, no palco é inexplicável. E emocionante.
Foto: Henry Soares
Assisti à Rita Lee em seu “ensaio geral” – como ela mesma brincou no início do show, na sexta, dia 12 (ela também se apresentou no sábado, dia 13), no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Rita é o tipo de pessoa que hipnotiza. Uma criança grande, ingênua, porém esperta. Um Peter Pan que amadureceu. Delicioso vê-la em ação mais uma vez.
O show contou ainda com a participação de Nikki Goulart, cover perfeito de Michael Jackson. Juntos, homenagearam o rei do pop, cantando Bad. Já no final do show, Roberto de Carvalho ainda se jogou nos Rolling Stones, cantando It’s Only Rock ‘n Roll (But I Like It).
Foto: Edu Defferrari
Assisti ao Tiago Iorc no domingo, dia 14, no John Bull, em Porto Alegre. Tão novinho, mas com um talento enorme. E de uma humildade que impressiona. Dá pra acreditar que ele atende a todos os fãs no camarim ao final do show? Não importa se são cinco ou 200. Conversa, agradece a presença, tira foto… E sempre com um sorriso honesto no rosto, coisa rara em se tratando do show business.
O show contou ainda com a participação de Jonathan Correa, vocalista da Reação em Cadeia. Juntos, eles tocaram When All Hope is Gone. Momento lindo. Um cover de Ticked to Ride, dos Beatles, que também está presente no primeiro CD do músico, emocionou. Não tanto, porém, como My Girl, que Tiago interpreta apenas com voz e violão. Desnecessário dizer que as meninas piram neste momento.