A música nunca movimentou tanto a economia do Reino Unido como em 2024. Somente no ano passado, este nicho foi responsável por angariar 2,4 bilhões de libras, um crescimento de 7,4% em relação a anos anteriores — para se ter ideia, o último recorde da indústria aconteceu em 2001, no auge das vendas de CDs. E o vinil tem parcela significativa neste crescimento: apesar de assinaturas de streaming representarem uma boa fatia deste faturamento, a indústria do vinil vem se consolidando após perder para o CD e o digital nas últimas décadas.
6 metas para amantes de vinil em 2025
Somente a mídia física, como discos de vinil, fitas cassete e CDs cresceram 6,2%. O total de vendas de discos chegou a 201,4 milhões de libras, segundo dados da Entertainment Retailers Association (ERA) para a Far Out Magazine. Artistas pop como Chappell Roan, Taylor Swift, Charli XCX, Olivia Rodrigo, Billie Eilish, Sabrina Carpenter e a banda The Last Dinner Party, que figuram no topo das paradas mundiais, também investiram no bolachão como opção para os fãs — o que, seguramente, influenciou em todo esse crescimento.
Porém, especialistas concordam que esse crescimento precisa estar atrelado a políticas que valorizem o artista e delimitem o uso de inteligência artificial na música. “O Reino Unido continua sendo uma potência musical global, mas esse status não pode ser tomado como garantido: precisamos de um ambiente político favorável que valorize a arte humana e possibilite investimentos contínuos na próxima geração de talentos britânicos”, afirmou Jo Twist, CEO da British Phonographic Industry (BPI).