O termo “música indie” muitas vezes não tem um significado único e bem definido. Podendo caracterizar tanto um estilo musical, com seus próprios elementos e características, também pode referir-se àqueles que lançam seus trabalhos de forma independente, sem gravadoras por trás. A música brasileira está cheia de artistas que se encaixam de uma ou outra forma nessa categoria. E o NOIZE Record Club, como sempre, está ligado no que acontece de mais relevante nesse meio. Abaixo, confira alguns dos nossos lançamentos de artistas da cena indie brasileira:
Luiza Lian – Azul Moderno
Em parceria com o produtor Charles Tixier (do Charlie e Os Marretas), Luiza construiu um universo que mistura vapores psicodélicos, batidas neon de pistas de dança, saudações ancestrais e refrãos que colam. As gravações começaram em 2016 e o produtor Charles Tixier passou um ano editando o álbum, criando batidas eletrônicas, rearranjando tudo, e o resultado desse híbrido digital-orgânico foi o que deixou o disco com essa sonoridade única.
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Liniker – Índigo Borboleta Anil
Este é o primeiro trabalho solo de Liniker e traz parcerias com Milton Nascimento, Tássia Reis, Tulipa Ruiz, Curumin, DJ Nyack, Mahmundi, Orquestra Jazz Sinfônica e Orquestra Rumpilezz. O repertório carregado de cadência, amor e leveza conta com a própria Liniker na produção musical, ao lado de Gustavo Ruiz e Júlio Fejuca.
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O Terno – Melhor do Que Parece
O álbum se tornou um clássico instantâneo desde que foi lançado. Como uma grande união de referências do passado e do presente, é um disco tão amplo que consegue ecoar o Pet Sounds (1966), do Beach Boys, o Salad Days (2014), do Mac DeMarco, e ainda assim passar pelos álbuns clássicos do Jorge Ben, Nelson Cavaquinho e de toda turma tropicalista.
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Bala Desejo – SIM SIM SIM
Bala Desejo toca frevo, samba, salsa, rock, reggae, disco music e reinventa a tradição da MPB com arranjos e harmonias criativas. Para isso, o grupo conta com uma banda formada por Alberto Continentino no baixo, Daniel Conceição na percussão e Thomas Harres na bateria. Em clima de recarnavalização da vida, encarnando a simbiose entre música, poesia e teatro, o grupo propõe ao público uma espécie de celebração da existência.
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Céu – Apká!
O álbum é guiado tanto por reflexões sobre o contato em seu estado mais profundo, quanto pelas relações no contexto tecnológico mediado por vozes de robô e aplicativos. Texturas sintéticas, mas doces, que costuram as percepções de Céu sobre o toque da pele e sobre o toque da tela de um celular. “APKÁ!” é um trabalho com muitas mãos: contribuem para essa empreitada os produtores Pupillo e Hervé Salters, as letras de Caetano Veloso e Dinho Almeida (Boogarins), e as parcerias de Seu Jorge e Tropkillaz.
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Letrux – Letrux Em Noite de Climão
É do desejo de misturar a cantora, a atriz e a escritora que nasce a figura Letrux, cujo disco une a poesia ácida de Letícia a um universo dançante de timbres que remetem ora à disco music ora ao rock experimental. O resultado é uma salada tragicômica e sedutora. O álbum conquistou uma legião de fãs e arrancou elogios de boa parte da crítica especializada.
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Tulipa Ruiz – Habilidades Extraordinárias
Produzido por Gustavo Ruiz, guitarrista e irmão de Tulipa, o álbum foi gravado com captação analógica, em fitas magnéticas. Além dos músicos Gabriel Mayall e Samuel Fraga o disco conta com participações de Negro Leo, João Donato, Luiz Chagas, os irmãos Pedro e Jonas Sá e Liniker. O álbum flerta com o rock, o soul e o funk, mantendo também diálogo com a cena paulistana de música independente.
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Ana Frango Elétrico – Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua
Ana, que além de cantar e assumir as teclas, encabeça a produção da obra, reuniu um time de peso para esta gravação: Alberto Continentino, Guilherme Lirio, Sérgio Machado “Plim” e Thomás Jagoda. Há participações de Dora Morelenbaum, Lux Ferreira e Thomas Harres, além do feat com o rapper JOCA. O artista expande seu inconfundível vocabulário musical com influências do house e da dance music e realiza a fusão entre o indie rock, a MPB e o funk.
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