Adi Oasis fala sobre feat com Luedji Luna e maturidade musical 

16/04/2024

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Isabela Yu

Por: Isabela Yu

Fotos: Divulgação/ Patrick Sister

16/04/2024

Ao longo da última década, vimos o revival da disco music e da sonoridade luxuosa do funk e do soul nos anos 1970. De Jungle a Anderson .Paak e Chromeo, todos esses nomes possuem uma colaboradora em comum: a baixista, compositora e produtora musical franco-caribenha Adeline, mais conhecida como Adi Oasis. 

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Antes de embarcar na carreira solo, em 2018, ela participou do grupo de nu-disco Escort, e integrou a banda de nomes como Cee Lo Green, Lenny Kravitz e Masego. “Escutava r’n’b e disco music quando era adolescente, mas não imaginava que seguiria nesse caminho. Quando comecei a estudar baixo, percebi que era muito mais divertido tocar esse tipo de música no palco”, comenta a artista. 

Na semana passada, ela apresentou o repertório do disco Lotus Glow (2023) em São Paulo, na quinta-feira, 11/4, em uma noite compartilhada com o produtor britânico Alfa Mist, e no sábado, 13/4, foi escalada no Queremos! Festival, no Rio de Janeiro. O show paulistano contou com participação especial de Luedji Luna na música “Multiply”, lançada como single no início do mês, e que integrará a versão deluxe do disco, que será lançado no mês que vem. 

“A gente se conheceu pessoalmente ontem, mas já vejo Luedji como uma irmã”, conta Adi. “Nós fazemos parte do mesmo movimento de mulheres negras no r’n’b e no soul, sinto que ela faz no Brasil o que tento fazer nos EUA”. Além da cantora baiana, ela diz gostar da música de Liniker, Xênia França e IZA. Para além da nova geração, a musicista é fã de Jorge Ben Jor, Sergio Mendes e Cassiano – ela tocou uma versão de “Onda” nos shows por aqui. 

Há uma clara conexão entre a música afro diaspórica do Caribe, ritmos que cresceu ouvindo por influência familiar, pois o pai nasceu em Martinica e emigrou para Paris, com a música brasileira. “Especialmente no trabalho da Luedji, ela fala da Bahia e me lembra Martinica. Nós viemos da diáspora, então temos as mesmas raízes, e isso é perceptível na música”, explica a compositora. 

Antes de adotar Adi Oasis, ela assinava como Adeline, mas após viver o processo de criação do terceiro disco solo, Lotus Glow, entendeu que precisava de uma mudança. Mesmo com mais de uma década de carreira, ela enxerga o álbum como um renascimento: “Ele é o produto de todos esses anos de estrada. Descrevo-o como um novo início de carreira porque demorei muito tempo para descobrir a minha identidade sonora, e me tornar uma baixista e compositora melhor.”

O novo nome artístico arremata o processo de amadurecimento artístico. “Entendi que havia florescido, e que tinha todas as peças que faltavam. Foi um renascimento e a resposta para muitas questões que levava comigo. Toquei em bandas durante bastante tempo, então quando me tornei uma artista solo, não encontrava o nome que se encaixava. Hoje vejo que precisei passar por todas essas experiências para me encontrar. Gosto de compartilhar essa história para que sirva de inspiração para outros artistas entenderem que não nascemos prontos. Levam anos de tentativas e erros até as coisas se encaixarem.”

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16/04/2024

Isabela Yu

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