Uma banda com mais de uma dezena de pessoas, vindas de mais de uma dezena de países e em turnê pelo Brasil. Difícil unir tanta gente “diferente” junto? Que nada. Para o Playing for Change, essa é a coisa mais fácil. _foto por Dionisio Urbim
_por-Karla Wunsch
Na sala arejada da redação, oito dos simpáticos integrantes do grupo multicultural. Músicos e produtores. Brancos e pretos. Sotaques de todos os tipos. Mas, no final das contas, uma coisa só. “Somos uma família”, dizem eles, quase ao mesmo tempo. Uma família com voz unida.
Como se fosse um churrasco com o povo de casa, o primo, o cachorro e o tio, batemos um papo sobre música, Brasil e o mundo com o Playing For Change durante a visita – com direto a pocket show gratuito – do grupo ao Nós Coworking, em Porto Alegre.
Rua vs. Palco
O Playing For Change começou por acaso. Em 2009, um engenheiro de som gravou músicos de ruas de diversos países cantando “Stand By Me”, juntou tudo isso e colocou na internet. Pouco tempo depois e o mundo todo já havia assisto ao clipe. Na época, o vídeo chegou aos 30 milhões de views.
“Toda vez que você toca, algo mágico pode acontecer. Mas quando você toca na rua, as pessoas não pagaram para ver você, não estavam esperando por aquilo. Então você vê como pode mudar o dia de alguém. É ótimo quando uma pessoa vem e agradece, pois aquilo deixou seu dia melhor. Já em show, são 30 mil pessoas gritando, a energia é incrível. Você não conseguiria unir toda essa gente na rua.“
Turnê mundial
O negócio foi oficializado. Ganhou CD, DVD e tour ao redor do planeta. Índia, Japão, México, França, Irlanda e mais uma lista gigante de países consta no currículo dos caras. (O mapa completo dessa jornada você pode ver aqui.)
“Em todos os lugares temos momentos mágicos, porque conhecemos novas culturas. E todo mundo ama música, e isso nos conecta. Por isso nosso projeto funciona.”
_foto por Dionisio Urbim
Brasil
Antes da clássica pergunta, da opinião dos músicos sobre o Brasil, já dava pra ter uma idéia. Três deles vestiam camiseta com nossa bandeira. Um até levava um par de Havaianas no pé.
“Nós amamos o Brasil. O público é ótimo. Vocês celebram todos os momentos.”
O signficado da música
A música é o amor e a vida desses caras. A cada minuto, a cada segundo, é possível ver e sentir como ela os deixa felizes.
“A música significa comunicação, celebração. Nós estamos tocando e passamos uma mensagem. A música é a linguagem universal, todos entendem, porque ela é feita de emoção. E por isso vemos tantos sorrisos nos nossos shows.”
_foto por Dionisio Urbim
Trilha sonora de verão
Dentro e fora do palco, a música acompanha o Playing For Change.
“Nós nunca paramos de tocar. Hoje, nós estávamos tocando no meio do aeroporto. Existe uma música para tudo, tudo o que você sentir já foi expressado antes. Agora, se pudesse sugerir uma trilha sonora para uma tarde de verão, eu indico salsa e reggae – principalmente o ídolo Bob Marley.”
A mudança do mundo
Para que ou quem vale a pena tocar?
“Gostaria que as pessoas se tratassem melhor. Fossem educadas umas com as outras. Que elas entendenssem que nós todos somos um. As pessoas precisam parar de pensar que somos separados por países, cores, culturas. Somos todos seres humanos, uma coisa só.”
PLAYING FOR CHANGE NO BRASIL
Data: 04/12
Local: Porto Alegre – Bar Opinião, R. José do Patrocínio 834.
Horário: 22 horas.
Ingressos: http://opiniaoingressos.com.br/
Data: 06/12
Local: Belo Horizonte – Clube Chalezinho
Horário: 21 horas.
Ingressos: http://www.clubechalezinho.com.br
Data: 07/12
Local: São Paulo – Bourbon Street Music Club
Ingressos: http://www.bourbonstreet.com.br/
Data: 09/12
Local: Curitiba – Vans Present: Espaço Tresor
Horário: 17 horas.
Local: Espaço Trésor Eventos
Ingressos: www.diskingressos.com.br