Uma das bandas mais importantes do hardcore norte-americano já está com tudo pronto para abrir mais uma turnê pelo Brasil. Hoje, em Florianópolis, o Biohazard vai dar o ponta-pé inicial na excursão do álbum ˜Reborn in Defiance”, o último lançado pelo grupo nova-iorquino, que viaja pela primeira vez sem o vocalista e baixista Evan Seinfeld, uma das principais referências da banda.
O Biohazard não teve muito tempo para assimilar o golpe, já que Evan decidiu abandonar o grupo logo após as últimas sessões de estúdio de “Reborn in Defiance”. No entanto, a banda não precisou modificar a sua dinâmica de trabalho: o guitarrista Billy Graziadei, que já dividia os vocais com Seinfeld, tem agora ao seu lado um velho parceiro, chamado Scott Roberts. “Scott era o baixista do Biohazard no final dos anos 90 e está de volta, cantando como nunca”, contou Graziadei com exclusividade à Noize.
Embora tenham as novidades do “Reborn in Defiance” para mostrar, os próximos shows do Biohazard pelo Brasil pretendem manter boa parte do repertório da 20th Anniversary Reunion Tour – que passou pelo país em 2010 – ainda intacto. “Nós expressamos as nossas próprias vidas através do Biohazard. Algumas músicas novas estarão presentes no repertório, mas todas as nossas faixas mais clássicas não irão faltar”, adiantou Graziadei.
Os clássicos “Urban Discipline”, de 1992, e “State of the World Address”, de 1994, ajudaram a escrever a história do metal mundo afora. E é pelo pioneirismo em misturar hardcore com rap e hip hop que o Biohazard é lembrado até hoje. “Nós crescemos no Brooklyn, ao som de Run DMC e Beastie Boys. Mas lá também ouvíamos Iron Maiden e Black Sabbath. Então, foi meio que natural que todas essas influências reverberassem na gente”, revelou o guitarrista.
Se as bandas de metal perderam um pouco do seu impacto no Brasil nos últimos anos, Billy acredita que o gênero “nunca perderá a sua força”. E é com esse clima que o guitarrista promete realizar os quatro shows do Biohazard pelo Brasil. “Nós estamos extremamente focados em detonar!”, disse o entusiasmado Graziadei. O grupo já cruzou a América do Norte e foi figurinha carimbada em todos os principais festivais de verão na Europa, no ano passado. O giro em território nacional deve ser o último da banda antes de um pequeno recesso.
E o que vai acontecer depois? O Biohazard pretende retornar aos estúdios e voltar ao Brasil o mais cedo possível, de preferência. O carinho do grupo pelo país pode ser dimensionado de maneira bastante concreta. Recentemente, a banda gravou uma versão em português da música “Come Alive”, do seu último disco. “Eu sempre amei o Brasil. E essa música a gente gravou justamente para expressar a nossa gratidão ao povo daí”, finalizou o guitarrista.