Beats femininos em destaque no projeto “BPM: Batida Por Mulher”

31/05/2017

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Reprodução

31/05/2017

Da união entre o selo paulista SOLTA, encabeçado pelo produtor e designer Lucas Marim (Kill The Bass) e a produtora goianiense JUNTA, do produtor cultural e pesquisador musical Salomão Augusto e do produtor musical David Santillo (Orange Boy) nasceu o projeto BPM: Batida Por Mulher. Ouça abaixo:

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Com o intuito de ser mais uma vitrine para o trabalho das diversas DJs e produtoras do país e do mundo, o BPM chega com o intuito de fortalecer a cena sendo mais um braço dentro da luta pelo espaço igualitário e justo entre o entrave de gêneros. Inicialmente, a ideia é publicar mixtapes semanais com uma convidada diferente a cada semana nas quais será apontada a curadoria dos coordenadores do projeto. O SOLTA, até o presente momento, havia lançado o trabalho autoral de apenas uma DJ, a paulista Flavya. Com essa iniciativa, o selo toma um novo rumo e promete outros projetos especiais em parceria com os goianos.

As participantes do BPM se dividem entre produtoras, DJs, performers, pesquisadoras e mulheres que estão por aí provocando a revolução dentro da música, com foco na música eletrônica e seus desdobramentos. O objetivo inicial é dar vazão às brasileiras, de todas as regiões e manifestações culturais do país, a começar pela brasiliense Athena Ilse.

Athena foi escolhida para começar o projeto pelo fato de o seu destaque estar provocando mudanças nas seleções entre os performes de baile e favela bass. A DJ de 26 anos atua desde os 23 e se encontra em plena evolução. Após ter uma power mix lançada pelo selo do Omulu, o Arrastão, Athena tem se dedicado bastante assumindo muitas frentes relacionadas à música eletrônica na capital do país. Ela é integrante do duo Unicornians, faz parte do coletivo feminino ANTD (As Novinha Tão Disney), é residente e produtora do rolê Porry e é idealizadora do selo/rolê METEoLOKO. Ufa! Ah, e, recentemente, também lançou outra mix finissima, dessa vez para a label worlwide WILE OUT.

Suas principais influências atualmente são Dinamarca, POLYBIU$, KKing Kong, Sansai, Stas, Munchi, Alix Perez, Simula, Maffalda… “E não consigo parar de cantar Pabllo Vittar”, conta a DJ. A mesma já dividiu cabine com grandes nomes da bass nacional e gringa como Daniel Haaksman (GER), Bad$ista, Marginal Men, Arrastão, Viní, Pesadão Tropical, João Brasil, Atman, Ruxell, Iccarus, Flying Buff, Ritmo de Favela, Heavy Baile, Mc Carol, Sydney e o próprio Omulu.

Ouça a mix dela para a BPM:

A segunda convidada foi AKA Linda Green, nome do projeto da brasiliense Cecília Lindgren. Com uma pesquisa variada, ela mistura sons ecléticos que vão da música brasileira eletrônica, passando por influências latinas e sul-americanas, até referências de electro, house e techno downtempo, geralmente explorando as frequências mais graves.

Idealizadora e produtora dos projetos de música tropical Delírio Tropiquente e Selva Elétrica, Linda Green recentemente se envolveu na produção e curadoria da coletânea The Sekuelated Sounds of Almirante Shiva (2016) em parceria com a banda brasiliense Almirante Shiva e diversos nomes do cenário atual de música eletrônica brasileira contemporânea.

Explora produção musical em colaborações e parcerias desde 2015, com faixas já lançadas pelas gravadoras Tropical Twista Records, CasaCaos e Fazedores de SOM. Já lançou suas mixtapes em podcasts como Latin Bass Music Records, Sunset Grooves e Kybele.

Ouça a mix dela para a BPM:

A terceira mixtape do BPM saiu hoje e apresenta a seleção da PSICODELIC, projeto da Maria de Fátima Vieira. Com apenas 19 anos, ela é uma figura atuante na cena bass de Belo Horizonte. Maria é DJ, produtora e mantém sua atividade de produção autoral e de apresentações/set’s há quase 2 anos, tendo já colaborado em tracks com produtores como BULLKS, também de Minas Gerais, e YO-P3, todas lançadas pela SMG Records.

Atualmente, comanda um projeto em BH voltado para o funk e toda gama da música brasileira de canção chamado Samba na Quadra, que também é baseado em sua pesquisa. Suas principais inspirações dentro e fora do país são Yellow Claw, Diplo, Skrillex, Dillon Francis, Omulu e JLZ.

Ouça a mix dela para a BPM:

Vale lembrar que o BPM: Batida Por Mulher se estenderá ao longo das semanas e tem margem para se transformar em breve em um showcase e/ou um festival no futuro com lineup 100% feminino, dizem seus idealizadores. Por enquanto, as mixtapes se intercalarão com lançamentos de EPs e álbuns das DJs convidadas.

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31/05/2017

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