Hoje completa-se três anos que uma das últimas grandes cantoras britânicas nos deixou. Aos 27 anos, Amy Winehouse partia. Um clichê sem graça e um desperdício imenso de talento.
Seguindo os passos de Nina Simone e Billie Holiday, Amy foi o suspiro revitalizado que o Reino Unido precisava. Com apenas duas obras-primas, ela trouxe as melodias e ritmos apaixonados que diversos artistas mais tarde se utilizaram para fazer sucesso.
Seu disco de estreia é Frank, lançado em 2003. Faixas como “Stronger Than Me” e “Take the Box” não emocionaram o público tanto quanto o elogiadíssimo Back to Black (2006), mas o álbum mostrou que havia uma garota ali que tinha um grande potencial de interpretação com a sua voz. Só faltava achar o produtor certo para trazer algo de inovador para o jazz bem puxado para o pop que Amy vinha fazendo.
O amigo Mark Ronson foi quem produziu o disco seguinte de Amy. Back to Black mostra o lado forte da cantora, que não se deixa levar para a reabilitação tão facilmente e que luta para ter seu homem de volta. Com influências do soul dos anos 60 e do R&B, Back to Black se afasta bastante da sonoridade do primeiro disco.
Era disso que a música inglesa precisava. Um som contemporâneo cantado por uma voz extremamente forte e expressiva. O R&B ganhava finalmente uma repaginada vintage pelas cordas vocais e letras de Amy.
É impossível falar dos anos 2000 e não lembrar do nome de Amy Winehouse. Back to Black foi o disco mais vendido do século no Reino Unido. E é aí que vemos a importância da cantora para música: com apenas dois álbuns, ela definiu o novo estilo R&B, que hoje em dia é reproduzido por artistas femininas como Adele e Janelle Monáe.
Vamos precisar de mais uns bons anos para encontrar alguém que revigore a música como Amy Winehouse fez.