A base do Coquetel Molotov é a música, obviamente. Há, no entanto, outros ingredientes. As artes, por exemplo.
Recife respira arte, e o evento fez um interessante apanhado do que há de melhor por lá, começando com Derlon. O cara é um dos principais nomes das artes plásticas pernambucanas. É dele o painel criado para a entrada do espaço da Red Bull no evento, que vai ficar de presente para a universidade. Colorida, a obra mostra uma nova fase do trabalho do artista, cujos primeiros personagens foram criados em preto e branco. Veja como ela foi feita, aqui.
Na feira cultural do Coquetel Molotov, era possível encontrar discos lançados no Recife, que mostram o gosto local pelas artes plásticas. Suas capas trazem ilustrações assinadas ou pelos próprios músicos, como “Desenho” (ouça aqui), de Matheus Mota; quanto por amigos designers, como o próprio Matheus Mota, que fez as capas dos dois álbuns de D Mingus, “Filmes e Quadrinhos” e “Canções do Quarto de Trás” (ouça os dois discos aqui).
N’A Casa do Cachorro Preto, o público pode circular por uma réplica do espaço cultural de Olinda. Criado há cerca de dois anos pelo artista Raoni Assis, o lugar mantém uma agenda de exposições e produção musical e uma loja com “presentes culturais”. Há “moleskines” de Patrícia Souza; trilha sonora do filme “O Ano Passado em Itamaracá”, de German Ra; DVD da animação “Hotel do Coração Partido”, de Raoni Assis; coletânea de cordeis assinados por nomes como Fernando Duarte, Jarbas, Samuca, Zalma e Mascaro para Ragu Cordel; o livro infantil “O Burro Errante”, de Habib Zahra, com ilustrações de Valeria Rey Soto; entre tantos outros produtos de artistas da cidade.
Fotos: Lidy Araujo
*A NOIZE viajou ao Recife a convite do festival