Dia do Rock | 10 vezes em que o rock se perdeu

13/07/2015

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Paula Moizes

Por: Paula Moizes

Fotos: Divulgação

13/07/2015

Quebrar instrumentos e consumir drogas ilícitas estão nas cláusulas subversivas do rock. Errar é permitido, mas tem coisas que nem o rock perdoa. No Dia do Rock, veja 10 vezes em que ele falhou:

1) Copiou seus mestres
Referências todo mundo tem, o problema é quando os artistas abusam do termo “inspiração” e “esquecem” de creditar seus mestres. É o caso do Led Zeppelin que em seus primeiros discos gravou uma série de músicas com riffs praticamente copiados de blueseiros como Willie Dixon e Robert Johnson. Ouça “You Need Love”, interpretada por Muddy Waters, e “Whole Lotta Love” pra você saber do que estamos falando.

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2) Propagou mensagens de ódio
Às vezes os ídolos do rock perdem a noção do tamanho da influência que tem sobre seus fãs. Foi apenas um show usando uma camiseta com os dizeres “AIDS kills fags dead” (“AIDS mata bichas mortas”) para Sebastian Bach ter que se desculpar até hoje pela mensagem agressiva e homofóbica. Ele nunca mais usou a camiseta que havia ganhado de um fã.

3) Apoiou a repressão
Enquanto Chico Buarque e Caetano Veloso se arriscavam escondendo mensagens libertárias em meio à repressão, outros compositores preferem usar sua influência para espalhar mensagens a favor dos torturadores, que só “arrancaram umas unhazinhas”, como disse Lobão. Durante um discurso reacionário no Festival da Mantiqueira, em 2011, o músico criticou João Gilberto, Chico Buarque e defendeu os militares da ditadura brasileira.

4) Processou os fãs
Querendo ou não, os artistas dependem de seus fãs. Quando o Napster chegou em 1999 para quebrar as barreiras da distribuição comercial de músicas, o Metallica abriu um processo vergonhoso contra o serviço e contra seus próprios fãs que haviam baixado faixas da banda pela internet.

5) Colocou fogo em igrejas
A partir do rock surgiram vertentes cada vez mais pesadas, tanto no som como na atitude. Mas há bandas de black metal, por exemplo, que levam a agressividade do estilo ao pé da letra e acabam extrapolando. Na Noruega, onde revelaram-se grandes nomes do black metal, até 1992 uma igreja era queimada por ano. Quando grupos como Mayhem e o projeto Burzum começaram a queimar as igrejas do país, cerca de 50 pegaram fogo entre 92 e 96.

6) Se vendeu
Que banda não gostaria de ver seu nome estampado em uma camiseta, não é? O problema é quando o marketing vai longe demais e o rock torna-se puramente comercial. Na lista dos produtos mais estranhos vendidos pelo Kiss estão caixões, tacos de golfe, camisinhas, papel higiênico da Hello Kitty versão Kiss, bonecos de brinquedo e por aí vai.

7) Não mediu as consequências
Os Rolling Stones viram que ultrapassaram os limites ao contratarem como seguranças pessoais para o Concerto Livre de Altamon, em 1969, a gangue de motoqueiros Hells Angels. Por conta disso, quatro pessoas morreram no festival. Cada vez mais agressivos, os Hells Angels também causaram tumulto durante a apresentação do Jefferson Airplane no mesmo evento.

8) Ignorou um gênio
No palco do Newport Folk Festival, em 25 de julho de 1965, Bob Dylan mostrou ao público que estava passando do folk para o rock. Algumas semanas atrás, ele havia gravado “Like a Rolling Stone”, marcando essa transição. Mas foi durante o festival que, ao plugar sua Stratocaster no amplificador e tocar uma versão elétrica de “Maggie’s Farm”, ele foi vaiado pela plateia sedenta pelo som do violão e do folk.

9) Cometeu crimes imperdoáveis
O estilo de vida intenso do rock’n’roll levou muitos à loucura. Phil Spector foi produtor de nomes como Ramones e Beatles, mas sua carreira genial esconde um psicopata que em 2009 foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato da garçonete Lana Clarkson. Sem falar de Kim Fowley, o produtor que lançou a banda feminina The Runaways e mantinha relações abusivas com as garotas.

10) Baixou o volume
O barulho está na essência do rock, mas os amplificadores precisam estar lá pra isso. Problemas técnicos são o pesadelo de qualquer artista. Durante o set do L7 no Reading Festival de 1992, elas foram obrigadas a parar por problemas nos equipamentos. Incomodada, a plateia começou a jogar lama no palco. A vocalista e guitarrista Donita Sparks, que não é de levar desaforo pra casa, se irritou e jogou seu absorvente interno no público. “Comam meu absorvente usado, idiotas”!

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13/07/2015

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Paula Moizes

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