Entrevista | Boss in Drama

27/07/2010

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

27/07/2010

Se você ainda não conhece Boss in Drama, escute enquanto lê a entrevista. Isso se conseguir ficar parado, é claro. Por trás do projeto que tem como único objetivo a diversão está Péricles Martins, produtor de 23 anos e talento que só a despretensão traz. Depois do sucesso de “You’re favorite EP” e agora assinado com o selo Vigilante, ele acaba de ser indicado ao VMB e  fala sobre o próximo disco – que sai no começo do ano que vem -, além de seus ícones, influências e ambição de criar música pra fazer com que a festa não acabe.

Texto: Ana Laura Malmaceda
Fotos: Divulgação
Seus ídolos são muito icônicos: Kylie, Michael Jackson, Prince, T.Rex, Bowie. Você acha que isso te distancia do som mais eletrônico e te aproxima do pop?
Não precisa se distanciar do eletrônico para fazer música pop e vice-versa. Dá pra fazer música pop com synths e batidas programadas ou música eletrônica com guitarras, metais e percussão. Mesmo os artistas de dance music que me influenciam são os que bebem da fonte Disco e Soul… tipo Van Helden ou Daft Punk. E são um bom exemplo de que dá pra ser os dois ao mesmo tempo.

Você toca em lugares de públicos diferentes, não? De um lado, i’m in miami beach feelings, do outro, underground. Você consegue notar diferenças dependendo do público?
O ‘tipo’ de público nunca fez diferença pra mim. O que importa é se as pessoas querem dançar e se divertir com sua música. Já toquei em muita festa underground com uma vibe errada, em festa de playboy com um clima do bem, e vice-versa. Não tem regra!
Como anda a gravação do novo disco? Comparando com o EP, podemos esperar sonoridades diferentes?
Basicamente, vai ser uma mistura de r&b, disco e house. Um disco com muita melodia e vocal, que você pode ouvir em casa e dançar na balada também.


*

Mais pontualmente em músicas como “I’ve Got Tonight” e “Favorite Song”, a atmosfera disco é evidente. Você se inspira no sentimento da disco music para criar?
Uso bastante sons de teclados dos anos 70 e 80, metais, violino, percussão de drum machines, etc. Gosto de usar esses instrumentos característicos da Disco music num contexto atual, seja para fazer música para a pista ou não.


Você assinou com a Vigilante, quais são as mudanças que ter um selo implica? Digo, o que mudou pra você?
Antes, além de produzir eu tinha que fazer todo o trabalho de selo, manager e agente. E isso acabava prejudicando meu trabalho de criação. Hoje tenho a ajuda de uma equipe incrivel que faz a musica chegar até as pessoas!

Clichê necessário: planos futuros, dá pra falar algo sobre? Clipe, disco, shows…
Estamos preparando gravação do clipe nesse mês ainda. Até o final do ano, vou estreiar meu novo live com banda, para tocar as músicas do disco que sai provavelmente comecinho de 2011!


Como você vê a questão de tocar bastante na gringa? Acha que dá pra trabalhar melhor fora do Brasil?
Com certeza. Em turnê no exterior, você consegue tocar quase todo dia.. já no Brasil é bem mais difícil.

Você acha que, de fato, existe/está surgindo uma música pop brasileira reconhecida? Digo, que não seja vista com preconceito pelo underground?
Todo artista tem seu apelo ‘pop’ para seu determinado publico, independente do estilo! Eu nasci da cena underground e sou respeitado por que produzo meu próprio material. Acho mais fácil aplicar esse preconceito pra aquele tipo de pop que é feito somente para dar dinheiro, sem fundamento algum!

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27/07/2010

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