Se existir uma tag ‘avant-guard pop’, pode colar ela na bela figura de Julia Holter. Além de colaborar com colegas como Night Jewel, essa cantora californiana de 28 anos acaba de lançar seu terceiro disco, o elogiado “Loud City Song”.
Gravado em Los Angeles, o álbum tem aquela peculiar característica de soar como algo que poderia ser criado em qualquer lugar do mundo, canções instintivas e minimalistas que flertam na mesma medida com o eletrônico e o lo-fi.
Um dos destaques do Pitchfork Festival desse ano, ela fala com a NOIZE sobre sua relação com o ato de compor e entrega que seu festival favorito fica na… Polônia!
Você vê sua música como parte de um tempo e espaço específicos?
Eu acredito que o que me interessa mais é quando eu sinto que minha música existe fora de um lugar e espaço em particular. Claro que eu tenho uma cultura que conheço, e não tento negá-la. Mas eu gosto de pensar em como isso nos conecta com outras culturas e brincar com sentimentos e sensações que ultrapassem essas barreiras.
Você acabou de lançar um álbum. Quando e onde ele foi gravado?
Em vários locais. Nós gravamos no Britte Street Studios, em Los Angeles, em novembro do ano passado. E depois eu gravei vocais na casa do produtor Cole Greif-Neil, teclados na minha casa e na sequência tudo foi mixado em outro estúdio.
Existe uma situação ideal para compor suas canções?
Eu gosto de escrever em casa, com meu teclado, um gravador, um caderno de partitura e um lápis. E meu computador.
Você está fazendo o roteiro de festivais esse ano. Tem um festival favorito?
Sim! Eu gostei demais de tocar no Off Festival, na Polônia, porque as pessoas eram incríveis. Era um público enorme e eles estavam muito entusiasmados, uma energia ótima. Além disso, é um festival muito bem organizado, com uma boa curadoria.
Existe uma cidade onde você goste mais de tocar?
Bem, eu amo tocar nas cidades mais óbvias, como Nova Iorque e Londres, pela simples razão de que há sempre muita gente aparecendo para nos ouvir. Los Angeles é meio preguiçosa, por mais que eu a ame. Mas, de novo, dá para encontrar o público mais bacana nos locais mais escondidos, como o festival na Polônia que eu comentei. Ou na Espanha, onde o público também é ótimo. Eu tive platéias muito legais em todas as etapas da última tour, parece que há fãs realmente apoiando.
Saiba mais:
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