Entrevista de quinta | “Gostaria de dividir uma noite [no palco] com o James Blake”, diz Lucas Santtana

02/08/2012

The specified slider id does not exist.

Powered by WP Bannerize

Avatar photo

Por: Revista NOIZE

Fotos:

02/08/2012

_por Bru Valentini
_foto por: Daryan Dornelles

*

Nesta sexta-feira, Lucas Santtana mostra ao vivo na capital paulista seu mais recente disco, O Deus Que Devasta Mas Também Cura, lançado no início desse ano.

Com o novo álbum, Lucas concorre a dois prêmios no VMB 2012, nas categorias Melhor Artista Masculino e Melhor Capa, o que marca sua quarta participação na maior premiação da música pop brasileira.

Além disso, o disco está de malas prontas pra cruzar o oceano. Em outubro, a bolacha será lançada na Europa com três faixas inéditas – É dessa forma que Lucas tenta reviver o sucesso que obteve por lá no ano passado. Sem Nostalgia, seu quarto disco, circulou três meses pelo primeiro lugar do top 10 europeu.

O Deus Que Devasta Mas Também Cura é um disco repleto de participações especiais, entre elas do Curumin, velho parceiro do compositor baiano. É ele quem abre a noite desta sexta no Cine Jóia*.

“Tava na hora de dividir uma noite tocando”, diz Lucas, sem ainda saber qual música vai marcar o encontro dos dois nos palcos.

Aproveitamos o embalo e batemos um papo rápido com o cara sobre inspiração, descobertas musicais, James Blake, Europa e a tal da “baianidade” que tanto o desagrada.

NOIZE: Sabemos que você curte pesquisar música. Alguma descoberta de ouro recente pra recomendar?
Lucas: Eu curti muito o show do James Blake no Circo Voador esse ano. Mas isso não é nenhuma descoberta, a não ser para mim mesmo.

NOIZE: Você gosta de se aventurar a cada disco. Em O Deus Que Devasta Mas Também Cura, a pegada é mais sentimental. O que tocava na tua playlist antes de compor o álbum? E nas prateleiras, algum livro, filme em especial?
Lucas: As coisas que rolam na minha playlist não são determinantes para os meus discos. Durante a feitura do disco, por exemplo, eu ouvi muito Global Ghetto Tech, e quase não tem essa informação no disco. Por outro lado, ter voltado a ouvir música clássica acabou influenciando.

Filmes sempre, até porque é um dos grandes divertimentos que tenho com meu filho. Vimos esse ano toda a coleção do 007, dos primeiros ao último. Fiquei impressionado como era machista. Em vários filmes antigos, o 007 dava tapa na cara das mulheres. Tive que explicar isso para o meu filho, hahahaha.

Eu comecei a ler Norwegian Wood, do Murakami.

NOIZE: Já sabe em que aventura vai embarcar no próximo disco?
Lucas: Sei, mas é muito cedo para falar.

NOIZE: Você nasceu em Salvador, e hoje mora no Rio de Janeiro, ambos paraísos para os gringos. Acha que a atmosfera – diga-se suingue – desses dois lugares que você carrega ajuda a cativar o público lá de fora?
Lucas: Não sei. Deve ajudar, né? Acho que a minha voz e as minhas canções ajudam muito, isso eu consigo perceber. Mas esse lance aí eu não sei mesmo. Vou começar a reparar e te falo, tá?

NOIZE: Aliás, já li que você tem uma relação de amor e ódio com a Bahia, por causa da “baianidade”. Confere?
Lucas: Eu adoro a Bahia por mil motivos. Minha família é toda de lá, a comida é foda, as praias são foda, o clima de cidade, a arquitetura antiga, etc.

O que eu não gosto é dessa “baianidade” marketeira. Essa caricatura de si mesmo. O cara fica fingindo que é o que ele já era naturalmente. Esse lance de “orgulho de ser baiano” eu não curto. Acho que todos os lugares tem coisas boas e ruins. E acho importante não se fechar para o mundo, está sempre aberto para a cultura do outro. Sabendo obviamente onde você nasceu, comeu e se criou.

NOIZE: Nessa sexta você divide os palcos com o Curumin. Mas se fosse se apresentar na tão falada Londres, quem você gostaria que abrisse o show do novo disco?
Lucas: Gostaria de dividir uma noite com o James Blake, ouvi comparações dos nossos shows lá na Europa. Por serem apenas três músicos no palco, sentados e com uma instrumentação diferente, belas canções, etc.

NOIZE: Falando em Londres – e em Olimpíadas, consequentemente-, você gostaria de emplacar no tema oficial dos jogos olímpicos no Brasil? Que nome daria pra canção?
Lucas: ???? Chamaria “Vamos levar o esporte a sério?”

NOIZE: Já falamos de tanto lugares nessa entrevista. O melhor lugar do mundo é…?
Lucas: Aqui e agora?

* Lucas Santtana @ Cine Joia
Sexta-feira, 03 de agosto
Abertura da casa: 21h
Horário previsto do show de abertura: 22h (Curumim)
Horário previsto do show principal: 0h (Lucas Santtana)
Valores:
1º lote: R$40,00 (inteira) / R$20,00 (meia entrada)
2ºlote: R$50,00 (inteira) / R$25,00 (meia entrada)
Locais de venda:
www.facebook.com/cinejoia na aba “Compre seu Ingresso” e cinejoia.tv/ingressos
Ponto físico: Av. Brigadeiro Luis Antonio, 277, 2º andar – sala 26
(segunda-feira a sexta-feira, das 11h às 18h)
Ingressos podem ser parcelados em até 3x sem juros.

Tags:, , , , , , , ,

02/08/2012

Avatar photo

Revista NOIZE