Escute o mix de ritmos afro-brasileiros e moçambicanos de Natalie Greffel 

09/11/2023

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Gabriela Amorim

Por: Gabriela Amorim

Fotos: Divulgação

09/11/2023

Baixista, compositora e cantora, Natalie Greffel, é uma artista que nasceu no Moçambique, mas tem contato com músicas afro-brasileiras desde a infância. Baseada em Berlim, na Alemanha, desde 2010, Greffel estabeleceu o desejo de seguir carreira musical, no momento em que iniciou seus estudos efetivos, ao mesmo tempo de sua procura para entender seu estilo musical. 

Através da sua busca por uma identidade, a artista toma partido de escrever sua própria história, abraçando suas multifacetas. Em sua estreia solo com o disco Para Todos (2020), divulgado pelo selo alemão Agogo Records, Greffel fez aparição que impressiona, desconstruindo e reinventando, nas sete faixas, todas de sua autoria, os modelos da música popular brasileira. No fim de 2021, a cantora se apresentou no canal COLORS, sendo a primeira moçambicana a subir no palco do estúdio, que tem como proposta exibir talentos de todo o mundo, sob estética minimalista. 

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Por onde começo? Pelo clipe da faixa “Não Sabia Nem Começar”, que exibe diferentes corpos e remelexos, além de, em muitas cenas, a gente poder sentir a energia da artista e todo o seu carisma. Depois, siga para o clipe do COLORS SHOW, onde Greffel exibe sua habilidade no canto e no baixo, enquanto Carlos Corona segue no violão marcante. Por fim, dê play no álbum Para Todos (2020), aconselho escutar com fones de ouvido. 

Mood: Exuberante em toda suavidade. Durante a escuta do álbum você encontra diferentes regiões do Brasil, como uma viagem sem tirar os fones de ouvido, que leva o ouvinte para solos cariocas, com a referência de uma bossa nova, segue para uma floresta, no início da faixa “Ficaria Mais Feliz”, e continua para o Nordeste brasileiro, mais especificamente para o estado da Paraíba, com o som marcante dos paraibanos Sivuca e Glória Gadelha, na música “Feira de Mangaio”, que surgem no final da canção “Não Sabia Nem Começar”, faixa de abertura do disco. 

Como soa? O álbum rememora o calor de países cortados pelos trópicos e igualmente a sensação de intimidade, novidade e familiaridade com suas canções. Greffel traz nas faixas, com exceção de “Blame”, o português marcado pela miscigenação, mas com um toque a mais de instrumentos como baixo, guitarra, violão e piano, além de seus sonhos e vivências. 

Qual a vibe? Traz a presença da mente para o momento atual e ainda traz aquela vontade de viver, entende? As canções transportam ânimo, irradiam luz e jogam para longe os pensamentos ruins que afloram durante o decorrer dos dias e de notícias ruins. Um ótimo refúgio. 

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09/11/2023

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