Leo Fressato lançou hoje o seu disco de estreia, chamado “Canções Para o Inverno Passar Depressa”. O compositor, que ficou conhecido pela música “Oração”, que emplacou no Brasil inteiro junto com A Banda Mais Bonita da Cidade, preparou um novo repertório, que se desdobra em 12 faixas, entre inéditas e regravações.
E foi para falar sobre o álbum, que contém músicas de sete épocas diferentes, que convidamos Leo Fressato para esse faixa a faixa. “Canções Para o Inverno Passar Depressa” tem o seu download gratuito pelo site a musicoteca.
“Não Há Nada Mais Lindo”: Essa música me lembra alguns amores que eu tive. Coisas que passaram por aqui e por mim. “Não Há Nada Mais Lindo” é isso. São esses encontros e os momentos em que os amores acontecem.
“Borboletinha”: “Borboletinha” é uma música de amor. É uma dança. A música surgiu de uma negação do amor.
“Outra Canção”: Essa é uma música de novela. “Outra Canção” é uma faixa que surgiu num Ano Novo e veio de uma vontade de falar sobre alguém. Para mim, é um canção sobre descobertas amorosas.
“Oração”: A minha versão de “Oração”, que todo mundo conhece pela A Banda Mais Bonita da Cidade, foi o resultado de uma ideia de fazer algo diferente com uma coisa que todo mundo já conhecesse. É uma brincadeira. Eu acabei fazendo uma versão mais devagarzinha, que lembra muito as primeiras versões da música. Ela era um pouco assim antes da A Banda Mais Bonita da Cidade gravá-la.
“Vendaval”: Eu acho que tem algumas coisas que são urgentes. Tem alguns amores que passam pelo caminho da gente e são urgentes. Urgentes em encontrá-los. É mais ou menos essa a ideia da música. Ela fala dos amores que são urgentes para mim. Sabe quando passa um amor na sua frente e você sai correndo atrás dele? Ou sai correndo dele, de tão forte que é? É isso.
“De Janeiro a Janeiro”: Esse é um som bem quente. É o coração do Brasil que se passa nessa música.
“A Desenhista”: Essa música é da Ana Larousse. Tem uma música no disco dela que eu escrevi e tem uma música no meu disco que foi ela quem compôs. A diferença da minha versão para a dela é que talvez exista mesmo uma desenhista e um outro – o desenhado – no meu álbum. Existe as duas vozes, essas duas figuras.
“Tan Tan”: “Tan Tan” é um pouco diferente das outras. Ela tem uma simplicidade na sua construção que é só dela. As palavras, o “tan” e o “tan” passam uma boa ideia sobre a música, mesmo que, aparentemente, não signifiquem nada. “Tan Tan” fala de um amor maluco. Tão maluco que eu falei: “isso não é amor, é loucura”. Foi por isso que eu disse que era um amor “tan tan”, bem louco e fora do padrão.
“Aviador”: Essa é uma música bem antiga, que eu escrevi na casa da Uyara Torrente, da Banda Mais Bonita da Cidade, muitos anos atrás. Ela só existe porque a Uyara tinha um daqueles gravadores MP3, que acho que nem existem mais. Ela começou a cantar no meio da madrugada e gravou. Eu até falei na hora: “nossa, isso tinha que ser gravado”. Aí a Uyara falou: “rá! Eu gravei”.
“Veranizar”: “Veranizar” é meio que um retrato de como eu termino os meus amores. Uma sensação de uma tempestade eterna antes do verão chegar. Ela fala sobre recuperação.
“Enquanto Eu Não”: “Enquanto Eu Não” é uma canção muito melancólica. É uma das músicas mais tristes do disco, que fala sobre o fim dos amores. Ela fala exatamente desse momento, quando você está tentando desfazer isso tudo. Ela foi feita para a mesma pessoa que eu fiz “Oração”. Na verdade, um pouco antes e de um jeito mais forte.
“Nesse Apartamento”: “Nesse Aparamento” eu escrevi para uma amiga. Ela é uma música sobre um fim também, mas não necessariamente de um amor. Uma despedida diferente.