Oito anos atrás, o Grooveshark.com entrou no ar revolucionando o streaming de música online. Ao invés transmitir arquivos licenciados, o site permitia que qualquer usuário cadastrado subisse nele os seus arquivos pessoais para disponibilizá-los publicamente. Como você pode imaginar, não havia nenhum controle sobre a procedência desses arquivos e boa parte do acervo do site era completamente ilegal.
Por isso, há alguns anos o Grooveshark passou a ser alvo de uma enxurrada de processos jurídicos movidos por diversas gravadoras. Em 2011, Universal, Warner e Sony Music processaram o site; no ano seguinte, a EMI também fez isso. A soma das indenizações exigidas pelas empresas eram astronômicas, mas, até há poucos dias, o site sobrevivia heroicamente como uma célula de resistência pirata inserida no seio no mercado da música.
Porém, no dia 30 de abril, a festa acabou. Desde então, quem acessa o endereço antigo do site encontra apenas uma mensagem dos donos da empresa pedindo desculpas à indústria da música: “Apesar de termos as melhores das intenções, cometemos erros muito sérios. Falhamos ao garantir licenças para os donos dos direitos do nosso vasto acervo de música. Isso foi errado. Nós pedimos desculpas.”
Curiosamente, o site acabou de voltar ao ar. Quer dizer, mais ou menos. Alguém criou o Grooveshark.io reunindo boa parte do acervo original do Grooveshark.com. Nesse novo endereço, não é possível escutar discos inteiros, mas você pode ouvir as músicas separadamente e inclusive fazer download delas. Até os Beatles estão lá… O engraçado é que, no link “Copyright”, o Grooveshark.io afirma “respeitar o valor dos copyrights e da propriedade intelectual”.
A cara de pau é a alma da pirataria.