Música popular brasileira? House francês? Britpop? Em tempos de sul-coreano no topo das paradas europeias, inglesa fazendo funk carioca e brasileiro, música eletrônica, será que isso tudo ainda faz sentido?
Em um mundo virtualmente sem fronteiras, conversamos com gente que acredita que é ok botar swing no rock, fazer rap com pitadas de samba ou música eletrônica com essência de thrash metal. Josh Homme, Emicida, Mixhell e as irmãs Haim. Gente que bebe nos acordes da esquina mas canta o dia a dia de ouvintes a milhas e milhas de qualquer lugar. Gente que acredita que música é música. Que guitarras, baixos e baterias são universais. Não cabem em tags.
Em um mundo em que você pode gravar uma canção no porão de sua casa em Jequitinhonha e acordar no dia seguinte com fãs no Japão, talvez a música não pertença mais a esse ou aquele lugar. Ela é de lugar nenhum.
(Foto: Kevin Dooley)