Porto Alegre teve uma noite de Carnaval na última quarta, dia 22. Melhor que isso: Carnaval vindo direto do Rio de Janeiro. E quem trouxe um pouquinho da maior festa do Brasil à capital foi o Monobloco, grupo formado há oito anos pelos caras do Pedro Luís e A Parede e mais 15 ritmistas profissionais da cena carioca. Na verdade, só uma amostra do que ocorre no encerramento da folia do Rio, quando o Monobloco completo, com 150 músicos, faz a festa na orla de Copacabana, chegando a reunir 50 mil pessoas.
Em Porto Alegre, o público foi bem menor, obviamente, e estava um tanto tímido no início do show (característica típica de gaúcho). Aos poucos, no entanto, foi se soltando. E não tinha como ser diferente, tendo em vista a competência e a desenvoltura da comissão de frente do Monobloco, formada pelos cantores Pedro Luís, Fábio Allman, Renato Biguli e Alexandre Momo. Isso, claro, sem contar o batuque irresistível da bateria, amparada por baixo, guitarra e cavaquinho.
O repertório parece ser escolhido a dedo. Marchinhas e sambas tradicionais desfilam entre clássicos da música brasileira, desses que estão no inconsciente coletivo, como “Do Leme ao Pontal”, “Imunização Racional (Que Beleza)” e “Descobridor dos Sete Mares” (Tim Maia), “Rap da Felicidade” (Cidinho e Doca), “Taj Mahal”, “País Tropical” (Jorge Ben), “Coisinha do Pai” (Beth Carvalho) e “Tropicana” (Alceu Valença).
Por mais de duas horas, o Monobloco transformou o Teatro do Bourbon Country na passarela do samba. E o encerramento foi triunfal, com a banda tocando na pista e proporcionando ao público o prazer de sentir de perto a energia da bateria. Para se acabar!
Se você perdeu, acesse o site, onde os dois discos do Monobloco estão disponíveis para audição. O grupo ainda liberou trechos do DVD ao vivo, lançado em 2006.