“Não queremos ser artistas “lá fora””, dizem os Tereza

14/09/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

14/09/2012

_por Marcos Xi

Golfinhos infláveis voadores, site rosa, indie em português, pop com cara de rock com cara de eletrônico com cara de… Tereza. Essa miscelânea cultural foi criada na cabeça de cinco jovens músicos cariocas de pretensões estelares e com um álbum fresquinho debaixo do braço.

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Vem Ser Artista Aqui Fora foi lançado de maneira independente, seguindo a temática do mercado 2.0 de distribuição gratuita, incluindo a versão física. O ponto é divulgar a música, seja qual custo for. A Tereza gravou seu disco no lendário estúdio Toca do Bandido com produção de Tomás Magno (Sabonetes, Gaby Amarantos) e apoio de editais de cultura. Nesta sexta, 14 de setembro, a banda chegou aos trend topics Brasil no Twitter. Vamos entender melhor o que tá acontecendo?

Vocês já disseram que Tereza vem do nome de uma guria que todos vocês gostavam na época de colégio, mas nunca ninguém conseguiu ficar com ela. E agora que já estão com um pouco mais de visibilidade e maturidade, será que ela ficaria com um de vocês?

Se alguém pegar a banda acaba! Brincadeira. A Tereza era a musa do colégio, não só nossa. Engraçado que no último show que fizermos no Rio um sujeito veio nos falar que por esse motivo, a banda deveria ser uma orquestra de 90 integrantes. Ela é uma amiga, vai aos shows e curte muito as músicas.

Como encararam ser um dos concorrentes ao prêmio Multishow?

Ser indicado já era uma ambição desde o ano passado. Quando recebemos a notícia esse ano, a sensação foi de sonho realizado, dever cumprido. Só Deus sabe como suamos para chegar nesse ponto. Ganhando ou não, já nos sentimos vitoriosos.

O que quer dizer o nome Vem Ser Artista Aqui Fora?

É a frase que o Pedro Bial costuma usar para eliminar os participantes do BBB. Por exemplo, se uma participante fez muita fofoca durante o programa, ele diz: “Vem ser fofoqueiro aqui fora, fulano” Quando pensamos nessa frase, quisemos usá-la na hora. Ela contribuiu muito para o conceito light do CD, deu um toque de despretensão que nos agradou. Tem uma outra brincadeira com o nome também: sabemos que o nosso gênero musical é mais valorizado fora do Brasil, tanto que tem tanta banda que prefere cantar em inglês. Mas sempre optamos por escrever em português, apesar das dificuldades. Confiamos que tem público para isso no Brasil. Então tem esse lado desabafo, não queremos ser artistas “lá fora”.

“Calçada da Batalha” tem uma produção de Leo Justi, um dos novos nomes da música eletrônica no país, enquanto que o restante do cd é produzido por Tomás Magno, que assina a técnica de grandes nomes da música pop brasileira. Como agregar essas influencias nas músicas?

O Leo Justi marcou um golaço aos 45 do segundo tempo. Íamos fazer uma versão para esse cd, que acabou não sendo autorizada. Tivemos que escrever Calçada da Batalha em aproximadamente 4 horas e chamar um produtor local, já que o Tomás estava ocupado em São Paulo. Na hora pensamos no Leo, já éramos fãs do cara há um tempo. A gente conversou com ele sobre puxar a música mais pro funk, essa era uma ideia que queríamos muito introduzir de alguma maneira no disco. Acabou rolando naturalmente, puxamos o verso da música para um lado meio dance hall, que casou perfeitamente com o funk. Com o Tomás já tínhamos trabalhado no nosso EP “Onça” e tinha sido um caso de amor (risos). Confiamos plenamente no trabalho do cara, não poderíamos ter ficado mais satisfeitos com o CD.

Como explicar o clipe de “Vamos Sair Para Jantar”?

O diretor do clipe, Julio Secchin, que chegou com esse conceito. A ideia surgiu do micro nicho Seapunk, que nasceu em Chicago. É uma galera crazy que só pensa em pequena sereia, música eletrônica e blogar. Claro que com o fluxo de ideias esse conceito se diluiu, mas inspirou e ilustrou momentos emblemáticos do clipe, como os ataques de animais marinhos e as baleias infláveis voadoras.

Essa transição de indie rock para um pop mais eletrônico aconteceu quase que de uma hora para outra. Como nasceu isso?

Sempre gostamos de música indie e música pop. Nas viagens de carro pelo Brasil a gente ia ouvindo o Veckatimest Grizzly Bear e voltava ouvindo Rihanna em alguma FM local. Para o disco, optamos por resgatar as influências pop que ouvíamos desde garotos, as músicas que ouvíamos na mesma época em que aprendíamos a tocar os instrumentos. Dá pra perceber que no cd rola uma coisa mais ensolarada no estilo do Men at Work e sintetizadores numa vibe meio Pet Shop Boys, que são bandas que ouvíamos naquela época. Ainda lançamos uma pegada meio charme/funk carioca, infância total! Isso que acaba dando o tom Tereza no CD.

E como anda a música carioca?

Linda, saudável e cheia de amor pra dar!

Niterói consegue funcionar para o Rock assim como no Rio?

Nas devidas proporções, sim. É uma cidade bem menor, e muito próxima ao Rio. Isso faz com que boa parte da galera prefira ir curtir uma música na Cidade Maravilhosa. Mas rola uma agitação cultural boa em Niterói também.

Desses novos nomes que tem aparecido na música brasileira, quem vocês destacariam?

Temos ouvido bastante o Boa parte de mim vai embora, do Vanguart. Ano passado o CD nacional que não tiramos do rádio do carro foi o Sonhando devagar, do Kassin. Essa semana fomos ver a Mahmundi no Studio RJ e achamos incrível!

Tereza é bom no calor do verão ou pra esquentar o inverno?

O cd tá bem verão, mas como lançamos no inverno, pode ter confundido a galera! (risos) Esperamos que tenha sim ajudado a aquecer o inverno.

SERVIÇO

Show: Tereza – Lançamento do CD “Vem ser artista aqui fora”

Abertura: Festa College, com Strausz (DJ Set)
Data: 15/09/2012
Horário: 23h
Local: Teatro Rival

Endereço: Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, Rio de Janeiro
Preço: R$ 20,00 com nome na lista amiga (festacollege@gmail.com)

P.S: Te liga no Twitter da Noize que vai ter promo com direito a ingresso cd e tal.

 

 

 

 

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14/09/2012

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