Paul McCartney divulgou em seu site oficial trechos das cartas que ele escreveu, de próprio punho, para apoiar as integrantes do Pussy Riot. As meninas estão presas na Rússia, depois do protesto político batizado com o nome de “oração punk”. A crítica ao presidente Vladimir Putin aconteceu em fevereiro de 2012, na frente da catedral de Moscou.
As cartas de Paul foram enviadas para as autoridades russas. Em uma delas, o ex-beatle pede a liberdade condicional de Maria Alyokhina, que começou uma greve de fome ontem, depois de ter sido proibida de participar de sua própria audiência na Corte da Rússia.
“Minha opinião pessoal é que continuar com o encarceramento de Maria será prejudicial para ela e para a situação geral que, certamente, está sendo observada por todo o mundo”, afirmou.
Na outra, na qual fala sobre Nadezhda Tolokonnikova, outra integrante da banda, McCartney diz: “Há muito tempo tenho me relacionado com o povo da Rússia. Estou fazendo esse pedido, de acordo com o espírito de amizade, a meus amigos russos que, assim como eu, acreditam que devemos tratar as pessoas – todas as pessoas – com compaixão e bondade”.
Mas, pelo jeito, a iniciativa do ex-beatle pouco surtiu efeito. “O pedido de liberdade antecipada de Alekhina foi rejeitado”, anunciou o tribunal de Berezniki, segundo agências de notícias russas na manhã dessa quinta-feira.
Em agosto, elas foram condenadas a dois anos de prisão por “vandalismo” e “incitação ao ódio religioso”.