Perry Farrell passou pelo Brasil nesta semana, para participar do MaxiMídia, um dos maiores eventos de comunicação do país. Seu painel rolou ontem à tarde, com mediação do premiado diretor de criação Guga Ketzer, sócio da agência Loducca. O assunto, claro, foi o Lollapalooza.
Criado pelo músico, o festival consolidou-se como um espaço fundamental para o mercado de música alternativa. Por causa dele, em 2011, Farrell recebeu o primeiro Billboard Apple Award, prêmio criado em homenagem ao lendário promoter Bill Graham e oferecido a artistas visionários ou profissionais de festivais/tours que vão além, buscando oferecer aos fãs uma experiência de show exemplar.
Nós estivemos presentes no evento, em São Paulo, e trouxemos para você alguns highlights de Farrell. Confira:
“Eu estava acostumado a produzir minhas próprias festas, vender ingressos, cerveja e patrocínio. Assim como aprendi a colocar uma festa de pé, a organização do festival foi um pulo. Por isso que o Lolla tem esse conceito que as pessoas vão mais para se divertir que para assistir a um show.”
“Eu tinha uma gerente que havia trabalhado no passado como prostituta. Ela foi a responsável por levantar toda a grana para o primeiro festival. Eu nunca perguntei como ela conseguiu, mas sei que ela conseguiu.”
“Eu me vejo como um stylist de shows, e o Lolla é um life stylist. Oferecemos música que achamos importante, damos o conceito do que acreditamos para o nosso público.”
“Nossos clientes acreditam em mim por oferecer a melhor música. Não pode ser lixo, nem pop. Sabe há quanto tempo o Burger King quer entrar no Lolla? Eu me importo, inclusive, com o que o meu público irá comer durante essa experiência no festival. Eles acreditam que eu faça boas associações, e eu não irei desapontá-los.”
“Muitos jovens contam comigo para comer alguém durante o Lolla. Tenho uma grande responsabilidade. Demorei 25 anos para entender como esse relacionamento funciona com as marcas. Este ano vamos tentar ser mais interativos que antes. Planejamos criar novos aplicativos que podem ser usados durante os shows – interactive gaming integrando patrocínio.”
“Você tem que realmente acreditar no que está vendendo e escolher em quais guerras entrar. Sempre houve uma linha na minha cabeça e no meu coração me guiando para a causa real do festival. Nós nem sabemos bem que causa é essa, além de felicidade e diversão.”
Colaboração: Debora Bacaltchuk