Ao desembarcar de uma turnê pela América do Norte, a Some Community conta, com exclusividade, aqui na NOIZE como foi a viagem.
“Uma turnê de 21 dias nos Estados Unidos deveria ser planejada, no mínimo, com seis meses de antecedência. Esse não foi o nosso caso. Quando ficamos sabendo do convite para o SXSW e para o CMW, sabíamos o que teríamos que fazer. Viajar para o hemisfério norte não valeria a pena sem mais alguns shows entre o caminho que leva Toronto à Austin.
Nos três meses que antecederam a viagem, ensaiamos o máximo que pudemos e tentamos esquematizar a rota a ser seguida. Os ensaios nos ajudaram a chegarmos mais confiantes para o primeiro show, já que a rota estabelecida no Brasil caiu por completo, e nos primeiros dias em Nova York, não fazíamos outra coisa além de trocar emails e pedir para que as pessoas marcassem shows nossos em suas cidades.
Por mais que pudéssemos imaginar nossa viagem das mais variadas maneiras, nunca tivemos ideia do que estava pela frente. Tocamos em lugares inusitados, como o apartamento do Micah, em Washington, e o boliche da Traci, em Detroit. Para muitos e para somente alguns sempre encontramos um público receptivo e atento. Passamos ainda por pubs e casas de shows e, em cada lugar, encontramos palcos e equipamentos de som diferentes. A turnê nos ensinou a tocar em qualquer lugar, a qualquer momento.
Após 24 horas de viagem entre Chicago e Austin, chegamos ao destino final do itinerário: o SXSW. Nem em sonhos mais loucos poderíamos imaginar um festival daquele tamanho, é muita diversão para uma cidade só. São tantas bandas que fica difícil escolher algumas. Você pode correr para assistir ao máximo que puder, mas você também pode escolher suas apostas e curtir o movimento do festival nas ruas. Como éramos seis, separados conseguimos ver muitas coisas novas e um pouco daquilo que já conhecíamos. No joy, Deerhunter, Deleted Scenes, Baths, White Denin, Owen Pallet, Das racist, Cool Kids, Beach Fossils, Menomena, Twin Shadow, Wye Oak, Braids, Queens of the Stone Age, Kills…
A parte mais fantástica do SXSW é tocar em um bar numa esquina e logo depois correr para ver o show de alguém que você sempre admirou na próxima quadra. O festival é o lugar onde tudo e nada podem acontecer, mas uma coisa é verdade, sempre haverá alguém tocando a todo momento.
Em Austin, fizemos nossos últimos dois shows e estes não poderiam ter sido melhor. Nosso showcase oficial no festival foi incrível e nos trouxe uma certeza: tocaremos até o fim de nossas vidas!”