_por Crib Tanaka
Dizem que o mundo acaba essa sexta-feira, dia 21 de dezembro. Então, restam pouquíssimos dias para realizar todos os desejos. Já elocubrei com amigos em mesa de bar o cenário desse dia: pessoas nas lojas gastando tudo no cartão, pegando vôos para locais paradísiacos e, em um cenário mais próximo, lotando bares, pedindo saideiras sem fim.
Da lista de “moda para gente grande”, listei abaixo os must-have-mas-não-tenho-dinheiro-nem-coragem-de-gastar-com-isso. Então, compartilho com vocês o que talvez pudesse ser comprado hoje para ser usado até sexta, sem medo da fatura e sem arrependimentos, caso o calendário maia realmente seja fatídico.
Bolsa Birkin
Nos anos 80, a musa Jane Birkin ganhou uma bolsa da grife Hermés em sua homenagem. De couro e toda feita à mão, ela virou ícone de status: seus preços variam entre 5,5 e 100 mil euros (!!!???), dependendo do tamanho, tipo de material e tiragem. Alguns outros detalhes fazem dela especial, como uma placa banhada a ouro ou paládio e fechamento com cadeado. Somente 5 modelos são feitos por semana e um artesão demora 25 horas para construir o modelo. A mais cobiçada é a laranja, cor-símbolo da marca.
Diz a história que a musa pegou um vôo ao lado de Jean-Loius Dumas, executivo da Hermés e reclamou para Dumas que era difícil achar uma bolsa de couro que gostasse. Três anos depois, nasceria o modelo Birkin.
Casaco Chanel
Chanel é uma das maiores maisons a lançar tendências: das bolsas matelassadas às cores de esmaltes aguardadas com frisson a cada temporada. O casaco Chanel é um clássico que tem sido reinventado há anos e ganha o guarda-roupa tanto das mais sóbrias quanto das it-girls como Alexa Chung. O corte valoriza a silhueta e os botões exclusivos são criados a para cada coleção.
Mala Louis Vuitton
Tem que ame e tem quem torça o nariz para a Louis Vuitton. Gostos, exibicionismos e epifanias à parte, a marca merece aplausos por estar há mais de 100 anos no mercado de luxo.
A mala monogramada foi uma das primeiras peças desenvolvidas por Louis, na segunda metade do século XIX, em Paris. Em 1854, ele produzia artesanalmente modelos que, por serem inovadores, começaram a ser copiados. Em 1896, ele criou o monograma para que sua produção fosse facilmente identificada – uma super jogada de marketing.
Vestido Vivienne Westwood
A musa punk mantém-se fiel a pontos-chave de suas coleções como a descontrução, a silhueta desabada e a assimetria. Ao mesmo tempo, detalhes bem pensados na modelagem – como ombros de fora ou cinturas marcadas – deixam a silhueta muito interessante e feminina.
E depois da meia noite, nada acontecer… a culpa é do boato do fim do mundo. Como adivinhar que era mentira?
@Crib Tanaka é carioca-sansei, jornalista e trabalha com marketing. Acredita cada vez mais no ditado que diz “temos dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.”