Foto Matt Schultz: I Hate Flash
Nada melhor do que ganhar recomendações de seus artistas preferidos. Nós conversamos com o vocalista do Cage the Elephant Matt Schultz sobre as composições de Melophobia (2013), o último lançamento da banda, e conversa vai, conversa vem, ele contou pra gente sobre as bandas que anda ouvindo.
A partir das dicas de Matt Schultz, nós apresentamos a você abaixo as duas bandas que o vocalista tem escutado bastante nos últimos meses. Dois grupos dos Estados Unidos, um do início do anos 2000 com sete álbuns na carreira e outro que está ainda no seu segundo disco. JEFF the Brotherhood pra quem curte Weezer e The Orwells pra quem gosta de The Strokes das antigas. Conheça melhor as bandas:
JEFF the Brotherhood
Os irmãos Brothers Jake e Jamin Orrall, filhos do produtor e compositor Robert Ellis Orrall, formaram a banda em 2001, em Nashville (Estados Unidos). Lançaram sete discos desde então, mas foram só reconhecidos com Heavy Days (2009), seu quinto álbum. Um registro que lembra os clássicos pop punk dos anos 90.
As guitarras sujas e letras cômicas da dupla em We Are the Champions (2011) chamaram a atenção de Jack White, que no mesmo ano gravou na sua gravadora Live at Third Man, o disco de vinil ao vivo da banda. Para Hypnotic Nights (2012), o último disco, eles chamaram Dan Auerbach. Até aí, os irmãos nunca tinham chamado um produtor para trabalhar com eles. O álbum foi gravado em uma semana no estúdio de Auerbach em Nashville (Estados Unidos), Easy Eye Sound Studio.
Os dois últimos discos do JEFF the Brotherhood tem uma vibe bem Weezer. Muito fuzz. A produção de Dan Auerbach só engrossou o som dos irmãos com saxofones, pianos e sintetizadores.
The Orwells
Os garotos do The Orwells não tem nem idade para beber nos Estados Unidos e acabam de lançar seu segundo disco, Disgraceland. Um ano depois de estrearem com Remember When, ainda com um som bem cru e uma sonoridade que nos EPs sucessores foi sendo desenvolvida pela banda. Mesmo que as guitarras sobrepostas e vocais sujos precisassem encontrar uma sonoridade mais própria, não tão The Strokes, o The Orwells tem algo que a banda de Julian Casablancas já não apresenta mais: jovialidade e energia.
No sucessor Disgraceland, dá pra ver que eles estão indo no caminho certo, mesmo que este não seja um disco genial e inovador. A banda soa mais concisa nesse álbum muito porque eles trabalharam com Dave Sitek (TV on the Radio) no EP Other Voices. O produtor mostrou aos garotos como eles podiam fazer com originalidade músicas explosivas e transgressoras.
A banda da cidade de Elmhurst, subúrbio de Chicago, tenta recriar o rock puro que o The Strokes e White Stripes reviveram no começo dos anos 2000. O quinteto só tem que tomar cuidado para a atitude e o som do The Orwells não se tornar comercial demais, porque hoje em dia ser “revolts” tá na moda.