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Quem disse que góticos não vão à praia? No último sábado, 3/5, uma multidão de little monsters invadiu Copacabana para assistir à ópera rock de Lady Gaga. De acordo com a prefeitura carioca, cerca de 2,1 milhões de pessoas testemunharam as 21 músicas em duas horas de show.

Logo no início da apresentação, a artista afirmou: “Hoje vocês vão fazer história comigo." De fato, a noite quebrou o recorde de público de uma mulher no célebre palco montado na orla da praia. No ano passado, foi a vez de Madonna. No entanto, o local já recebeu shows inesquecíveis, como os dos Rolling Stones e de Rod Stewart, que reuniu 3,5 milhões de pessoas no réveillon de 1994.

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<figure class="wp-block-image aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga4-scaled.jpeg"><img src="https://i1.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga4-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173962" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px"/></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure>

Diferente da proposta da Rainha do Pop em 2024, que fez um balanço da carreira, o foco da apresentação de Gaga foi Mayhem, seu sétimo disco, lançado no final de março. O álbum marca o retorno da artista ao dark pop, com ares sombrios e sonoridade eletrônica. Ainda assim, o setlist incluiu sucessos de outras eras, como “Paparazzi”, “Judas”, “Poker Face” e “Alejandro”.

Dividida em quatro atos e um epílogo, a epopeia da cantora girava em torno dos sonhos. Duelando entre luz e sombra, Gaga abusou da teatralidade para representar as batalhas internas que consumiram sua carreira nas últimas duas décadas.

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No segundo capítulo, ela leu, emocionada, uma carta aos fãs brasileiros: “Talvez vocês estejam se perguntando por que demorei tanto para voltar. A verdade é que eu estava me curando. Eu estava me fortalecendo. Mas, enquanto eu me curava, algo mais forte estava acontecendo: vocês continuaram lá, torcendo por mim, continuaram me pedindo para voltar, quando eu estivesse pronta."

Nos últimos anos, a artista se pronunciou sobre viver com fibromialgia — condição que causa dores crônicas — e questões de saúde mental. Na noite de sábado, ela estava de corpo e alma entregue aos olhares atentos dos fãs, fardados com camisetas com seu rosto e empunhando leques no ar. Veja 5 destaques do show:

Medo e delírio em Copacabana

Antes do espetáculo começar, Gaga surgiu em vídeo nos telões gigantes, com um detalhe: uma versão loira à direita e uma versão morena à esquerda. Ambas narravam o manifesto da Amante do Caos (Mistress of Mayhem): “Não conhecer a paz é um pesadelo para todas nós. Então, preciso cantar e fortalecer as estruturas do meu próprio espaço. O meu som crescerá como uma fortaleza, e eu vou encontrar uma maneira de viver como as gêmeas duelantes." Os dois polos são como o sol e a lua – representam a escuridão e a luz, simbolizando a dualidade que existe dentro da cantora.

<figure class="wp-block-image aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg"><img src="https://i0.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173964" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px"/></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure>

Cenografia dramática&nbsp;

O pontapé inicial da turnê Mayhem aconteceu no Coachella, onde a artista estreou o formato do show que será levado para Cingapura neste mês, seguido de mais de 30 apresentações na Europa e nos EUA até o final do ano. Com inspiração cinematográfica, o cenário remete aos clássicos O Fantasma da Ópera, Drácula, Romeu e Julieta e Alice no País das Maravilhas. Como uma Rainha de Copas clubber, ela abre o show em um vestido gigante, cuja armação esconde o corpo de baile. Nos primeiros instantes de “Abracadabra”, o tecido revela os bailarinos que dançam ao som frenético da música. Cada ato revela surpresas arquitetônicas: seja o tabuleiro de xadrez, em que a artista batalha com sua versão do passado, ou o túmulo repleto de versões de outras eras.

<figure class="wp-block-image aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg"><img src="https://i2.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173966" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px"/></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure>

Banda poderosa

Posicionados em nichos, os músicos dão um show à parte. Há uma orquestra de cordas, além da banda que a acompanha há alguns anos, como os guitarristas Ricky Tillo e Tim Stewart, e o tecladista Brockett Parsons. A adição mais recente foi o baterista Tosh Peterson, de apenas 24 anos, que já soma colaborações com Bad Bunny, Fall Out Boy e Lil Nas X. Em “Killah”, o músico foi levado ao centro do palco para um solo de bateria.

<figure class="wp-block-image aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga3-scaled.jpeg"><img src="https://i0.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga3-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173963" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px"/></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure>

Rainhas da noite

Antes de entoar “Born This Way”, hino queer lançado em 2011, Gaga declarou: “Quero dedicar o meu amor à comunidade LGBTQ+ brasileira. Obrigada por nos ensinarem tanto todos os dias.” Por fim, ela pediu para a legião de monstrinhos colocarem as patas no ar (“put your paws up”). Se uma das mãos estava em formato de garra, na outra, os leques batiam com força. Mais do que uma música, a canção representa o orgulho de ser quem se é e a liberdade de amar quem se quiser.

<figure class="wp-block-image aligncenter size-large is-resized"><a href="https://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaa6-scaled.jpeg"><img src="https://i0.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaa6-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173965" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px"/></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure>

Compositora de mão cheia

Ainda que o show tenha sido dinâmico e dançante na maior parte do tempo, Gaga reservou o último bloco para cantar ao piano o hit “Shallow”, música da trilha sonora do filme Nasce uma Estrela (2018). “Quero muito cantar essa para vocês. Não cantei da última vez que estive por aqui porque ela ainda não existia. Essa música mudou a minha vida", afirmou Gaga.

Quem disse que góticos não vão à praia? No último sábado, 3/5, uma multidão de little monsters invadiu Copacabana para assistir à ópera rock de Lady Gaga. De acordo com a prefeitura carioca, cerca de 2,1 milhões de pessoas testemunharam as 21 músicas em duas horas de show.



Logo no início da apresentação, a artista afirmou: “Hoje vocês vão fazer história comigo.&#8221; De fato, a noite quebrou o recorde de público de uma mulher no célebre palco montado na orla da praia. No ano passado, foi a vez de Madonna. No entanto, o local já recebeu shows inesquecíveis, como os dos Rolling Stones e de Rod Stewart, que reuniu 3,5 milhões de pessoas no réveillon de 1994.<div id="videoAd">*</div> <script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>






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Diferente da proposta da Rainha do Pop em 2024, que fez um balanço da carreira, o foco da apresentação de Gaga foi Mayhem, seu sétimo disco, lançado no final de março. O álbum marca o retorno da artista ao dark pop, com ares sombrios e sonoridade eletrônica. Ainda assim, o setlist incluiu sucessos de outras eras, como “Paparazzi”, “Judas”, “Poker Face” e “Alejandro”.



Dividida em quatro atos e um epílogo, a epopeia da cantora girava em torno dos sonhos. Duelando entre luz e sombra, Gaga abusou da teatralidade para representar as batalhas internas que consumiram sua carreira nas últimas duas décadas.



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No segundo capítulo, ela leu, emocionada, uma carta aos fãs brasileiros: “Talvez vocês estejam se perguntando por que demorei tanto para voltar. A verdade é que eu estava me curando. Eu estava me fortalecendo. Mas, enquanto eu me curava, algo mais forte estava acontecendo: vocês continuaram lá, torcendo por mim, continuaram me pedindo para voltar, quando eu estivesse pronta.&#8221;



Nos últimos anos, a artista se pronunciou sobre viver com fibromialgia — condição que causa dores crônicas — e questões de saúde mental. Na noite de sábado, ela estava de corpo e alma entregue aos olhares atentos dos fãs, fardados com camisetas com seu rosto e empunhando leques no ar. Veja 5 destaques do show:



Medo e delírio em Copacabana



Antes do espetáculo começar, Gaga surgiu em vídeo nos telões gigantes, com um detalhe: uma versão loira à direita e uma versão morena à esquerda. Ambas narravam o manifesto da Amante do Caos (Mistress of Mayhem): “Não conhecer a paz é um pesadelo para todas nós. Então, preciso cantar e fortalecer as estruturas do meu próprio espaço. O meu som crescerá como uma fortaleza, e eu vou encontrar uma maneira de viver como as gêmeas duelantes.&#8221; Os dois polos são como o sol e a lua – representam a escuridão e a luz, simbolizando a dualidade que existe dentro da cantora.


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<figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?ssl=1"><img loading="lazy" decoding="async" width="2560" height="1707" src="https://i0.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173964" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px" srcset="https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?w=2560&amp;ssl=1 2560w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=300%2C200&amp;ssl=1 300w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=1024%2C683&amp;ssl=1 1024w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=768%2C512&amp;ssl=1 768w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=1536%2C1024&amp;ssl=1 1536w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=2048%2C1365&amp;ssl=1 2048w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=221%2C147&amp;ssl=1 221w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=616%2C411&amp;ssl=1 616w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=116%2C77&amp;ssl=1 116w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga5-scaled.jpeg?resize=150%2C100&amp;ssl=1 150w" sizes="auto, (max-width: 1000px) 100vw, 1000px" /></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure></div>






Cenografia dramática&nbsp;



O pontapé inicial da turnê Mayhem aconteceu no Coachella, onde a artista estreou o formato do show que será levado para Cingapura neste mês, seguido de mais de 30 apresentações na Europa e nos EUA até o final do ano. Com inspiração cinematográfica, o cenário remete aos clássicos O Fantasma da Ópera, Drácula, Romeu e Julieta e Alice no País das Maravilhas. Como uma Rainha de Copas clubber, ela abre o show em um vestido gigante, cuja armação esconde o corpo de baile. Nos primeiros instantes de “Abracadabra”, o tecido revela os bailarinos que dançam ao som frenético da música. Cada ato revela surpresas arquitetônicas: seja o tabuleiro de xadrez, em que a artista batalha com sua versão do passado, ou o túmulo repleto de versões de outras eras.


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<figure class="aligncenter size-large is-resized"><a href="https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?ssl=1"><img loading="lazy" decoding="async" width="2560" height="1706" src="https://i2.wp.com/noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?fit=1024%2C683&amp;ssl=1" alt="" class="wp-image-173966" style="object-fit:cover;width:600px;height:400px" srcset="https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?w=2560&amp;ssl=1 2560w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=300%2C200&amp;ssl=1 300w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=1024%2C683&amp;ssl=1 1024w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=768%2C512&amp;ssl=1 768w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=1536%2C1024&amp;ssl=1 1536w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=2048%2C1365&amp;ssl=1 2048w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=221%2C147&amp;ssl=1 221w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=616%2C411&amp;ssl=1 616w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=116%2C77&amp;ssl=1 116w, https://i1.wp.com/api.noize.com.br/wp-content/uploads/2025/05/gaga2-scaled.jpeg?resize=150%2C100&amp;ssl=1 150w" sizes="auto, (max-width: 1000px) 100vw, 1000px" /></a><figcaption class="wp-element-caption">(Foto Kevin Mazur/WireImage para Live Nation)</figcaption></figure></div>






Banda poderosa



Posicionados em nichos, os músicos dão um show à parte. Há uma orquestra de cordas, além da banda que a acompanha há alguns anos, como os guitarristas Ricky Tillo e Tim Stewart, e o tecladista Brockett Parsons. A adição mais recente foi o baterista Tosh Peterson, de apenas 24 anos, que já soma colaborações com Bad Bunny, Fall Out Boy e Lil Nas X. Em “Killah”, o músico foi levado ao centro do palco para um solo de bateria.


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Rainhas da noite



Antes de entoar “Born This Way”, hino queer lançado em 2011, Gaga declarou: “Quero dedicar o meu amor à comunidade LGBTQ+ brasileira. Obrigada por nos ensinarem tanto todos os dias.” Por fim, ela pediu para a legião de monstrinhos colocarem as patas no ar (“put your paws up”). Se uma das mãos estava em formato de garra, na outra, os leques batiam com força. Mais do que uma música, a canção representa o orgulho de ser quem se é e a liberdade de amar quem se quiser.


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Compositora de mão cheia



Ainda que o show tenha sido dinâmico e dançante na maior parte do tempo, Gaga reservou o último bloco para cantar ao piano o hit “Shallow”, música da trilha sonora do filme Nasce uma Estrela (2018). “Quero muito cantar essa para vocês. Não cantei da última vez que estive por aqui porque ela ainda não existia. Essa música mudou a minha vida&#8221;, afirmou Gaga.

Artista apresentou ópera rock focada no repertório do disco “Mayhem”

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