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Caminhando por um túnel composto por diversas partes metálicas, o visitante se prepara para ser desequilibrado, deslocado, entortado. É assim que a obra "Túnel", de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, recebe quem chega ao Santander Cultural de Porto Alegre para conhecer a mostra Instantâneo/Simultâneo. A exposição é parte do projeto AGORA / ÁGORA - Criação e transgressão em rede, que teve coquetel de inauguração na última quarta, dia 25.

Com a proposta de celebrar e questionar a mudança de percepção do tempo na vida atual, a exposição reúne 14 artistas nacionais e internacionais, cujos trabalhos causam encanto e estranhamento, e são parte de um conceito maior, que explicamos neste <a href="http://api.noize.com.br/2011/05/24/agora-agora-um-projeto-de-arte-e-ativismo/">link</a>.

Grande parte das obras expostas trabalha com as ideias de sobreposição e multiplicidade, apoiadas na passagem do tempo e no acaso: fotografias de composições análogas em paisagens distintas, telas pintadas no chão, hibridismos de real e virtual. Na obra "Fortune teller", de Bogdan Perzynki, imagens projetadas em uma tela são refletidas em uma vidraça através da qual é possível enxergar as pessoas visitando a mostra. As pessoas projetadas e refletidas se mesclam aos visitantes reais, como miragens que parecem poder ser tocadas. Mas não podem.

A interação e as escolhas do visitante também cumprem papel importante. Na obra âncora, "SuperCinema", de Rommulo Conceição, é possível assistir a filmes e comprar alimentos em prateleiras de supermercado, que dividem o espaço com poltronas de cinema, espectadores e a tela de projeção. "Rommulo nos faz pensar sobre as fronteiras cada vez mais confusas entre arte e comércio, obra de arte e objeto de consumo", diz a curadora geral do projeto, Angélica de Moraes. Outros trabalhos, como "Homem com uma Câmera de Cinema", do canadense Perry Bard, são criações em rede, em que o gesto criador inicial desencadeia uma série de novas versões autorais para a mesma matriz: o documentário homônimo que o cineasta russo Dziga Vertov gravou em 1929.

A instantaneidade e a simultaneidade que dão nome à mostra poderiam muito bem servir de subtítulos para a vida contemporânea. Instantâneo/Simultâneo não é estanque, e cada visita é única à medida que o público faz suas escolhas e deixa de ser mero espectador. O elenco de artistas da mostra inclui ainda Ana Holck (BR), Caio Reisewitz (BR), Frantz (BR), Giselle Beiguelman (BR), Perry Bard (NY/EUA), Raquel Kogan/Lea van Steen (BR), Saint Clair Cemin (BR/FR), Toby Christian (Londres/GB) e Wagner Morales (BR/FR).

Instantâneo/Simultâneo fica em cartaz até 7 de agosto. No <a href="http://www.agora.art.br/">site oficial do projeto</a>, é possível fazer a visitação virtual de qualquer lugar do mundo, além de participar do resto da programação de AGORA / ÁGORA, da qual falamos <a href="http://api.noize.com.br/2011/05/24/agora-agora-um-projeto-de-arte-e-ativismo/">aqui</a>.

<a href="http://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2011/05/IMG_1384.jpg"><img src="http://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2011/05/IMG_1384.jpg" alt="" title="IMG_1384" width="590" height="439" class="alignnone size-full wp-image-33785" /></a>

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Caminhando por um túnel composto por diversas partes metálicas, o visitante se prepara para ser desequilibrado, deslocado, entortado. É assim que a obra &#8220;Túnel&#8221;, de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, recebe quem chega ao Santander Cultural de Porto Alegre para conhecer a mostra Instantâneo/Simultâneo. A exposição é parte do projeto AGORA / ÁGORA &#8211; Criação e transgressão em rede, que teve coquetel de inauguração na última quarta, dia 25.<div id="videoAd">*</div> <script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>
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Grande parte das obras expostas trabalha com as ideias de sobreposição e multiplicidade, apoiadas na passagem do tempo e no acaso: fotografias de composições análogas em paisagens distintas, telas pintadas no chão, hibridismos de real e virtual. Na obra &#8220;Fortune teller&#8221;, de Bogdan Perzynki, imagens projetadas em uma tela são refletidas em uma vidraça através da qual é possível enxergar as pessoas visitando a mostra. As pessoas projetadas e refletidas se mesclam aos visitantes reais, como miragens que parecem poder ser tocadas. Mas não podem.
A interação e as escolhas do visitante também cumprem papel importante. Na obra âncora, &#8220;SuperCinema&#8221;, de Rommulo Conceição, é possível assistir a filmes e comprar alimentos em prateleiras de supermercado, que dividem o espaço com poltronas de cinema, espectadores e a tela de projeção. &#8220;Rommulo nos faz pensar sobre as fronteiras cada vez mais confusas entre arte e comércio, obra de arte e objeto de consumo&#8221;, diz a curadora geral do projeto, Angélica de Moraes. Outros trabalhos, como &#8220;Homem com uma Câmera de Cinema&#8221;, do canadense Perry Bard, são criações em rede, em que o gesto criador inicial desencadeia uma série de novas versões autorais para a mesma matriz: o documentário homônimo que o cineasta russo Dziga Vertov gravou em 1929.
A instantaneidade e a simultaneidade que dão nome à mostra poderiam muito bem servir de subtítulos para a vida contemporânea. Instantâneo/Simultâneo não é estanque, e cada visita é única à medida que o público faz suas escolhas e deixa de ser mero espectador. O elenco de artistas da mostra inclui ainda Ana Holck (BR), Caio Reisewitz (BR), Frantz (BR), Giselle Beiguelman (BR), Perry Bard (NY/EUA), Raquel Kogan/Lea van Steen (BR), Saint Clair Cemin (BR/FR), Toby Christian (Londres/GB) e Wagner Morales (BR/FR).
Instantâneo/Simultâneo fica em cartaz até 7 de agosto. No <a href="http://www.agora.art.br/">site oficial do projeto</a>, é possível fazer a visitação virtual de qualquer lugar do mundo, além de participar do resto da programação de AGORA / ÁGORA, da qual falamos <a href="http://api.noize.com.br/2011/05/24/agora-agora-um-projeto-de-arte-e-ativismo/">aqui</a>.
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Caminhando por um túnel composto por diversas partes metálicas, o visitante se prepara para ser desequilibrado, deslocado, entortado. É assim que a obra "Túnel", de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, recebe quem chega ao Santander Cultural de Porto Alegre para conhecer a mostra Instantâneo/Simultâneo. A exposição é parte do projeto AGORA / ÁGORA &#8211; Criação [&hellip;]

Agora / Ágora abre exposição Instantâneo/Simultâneo, em Porto Alegre

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