Desde que deixou o coletivo de MPB Baleia, Maria Luiza Jobim, filha do eterno maestro Tom Jobim, vem buscando criar a sua própria identidade, mesmo no meio a tantas referências musicais. E foi para construir um novo caminho que ela se juntou ao produtor carioca Lucas Paiva no duo de synthpop Opala.
Com influências de jazz, do rock, da música eletrônica e do pop retrô, a dupla lançou recentemente o seu primeiro EP, com cinco faixas. Por causa do disco, a dupla participou, em outubro, do festival No Ar Coquetel Molotov. Foi lá que conversamos Maria Luiza sobre os elementos que interferem – e influenciam – diretamente o trabalho do Opala.
Radiohead: “É inevitável. Quem é da minha geração e que gosta de música eletrônica e rock, não tem como não ter influências do Radiohead”.
Karin Dreijer Andersson, vocalista do The Knife: “O The Knife é uma banda que a gente escuta muito”.
Artes plásticas: “Eu sempre desenhei muito. Na verdade, a minha vida sempre foi dividida entre música e desenho. Eu fiz cinco anos de arquitetura, mas não me formei, porque descobri que eu estava fazendo o curso porque eu gostava de desenhar. Então, eu eu tenho uma relação muito visual com a música. E as artes plásticas me inspiram muito. Miró (foto), Matisse, arte concreta”.
Japão: “Eu e o Lucas temos uma fissura com o Japão. E o minimalismo dos japoneses é uma coisa que sempre me inspirou muito. Isso reflete na nossa música”.
(Foto Opala: Caroline Bittencourt)