Desvendamos sete obras da capa de “JARDINEIROS” do Planet Hemp

29/11/2022

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Gabriela Amorim

Por: Gabriela Amorim

Fotos: Colagem: Gabriel Finotti e Mateus Acioli

29/11/2022

Foi em um slide com a capa do disco Núbia Axum Etiópia (1988), do Olodum, e a contracapa do LP Grito de Guerra (1999), do grupo Chiclete com Banana, que a dupla Gabriel Finotti, 33, e Mateus Acioli, 37, apresentou o projeto de capa do último disco do Planet Hemp. “Foi um momento que eles não entenderam nada, mas depois da explicação já entraram na onda”, afirma Finotti. 

A capa do disco carrega um mosaico composto por 36 obras, de diversos artistas, em miniaturas de fotografias, artes plásticas, stills de vídeos históricos e colagens livres. Veja abaixo sete interpretações, comentada pelos dois autores, e se aprofunde na identidade atual da banda. Para ler a matéria completa, assine o Noize Record Club e receba a revista NOIZE #131 em sua casa.

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(Foto: Hick Duarte/Divulgação)

Essa foto do Hick Duarte, é uma imagem de um trabalho que ele fez para uma exposição, em 2019, que se chamava Limbo. O trabalho do Duarte tem um diálogo grande com um retrato da  juventude brasileira, o skate, manifestações de rebeldia e cultura de rua, tudo isso de um jeito poético e mais visceral. Ele mostra a rebeldia com poesia. Essa imagem puxa para a situação política do Brasil, em chamar e abraçar mais gente, virar voto. É como se essa pessoa mais lenta, subindo a pedra, estivesse sendo mais um integrante da galera, que está esperando por ele. – Gabriel Finotti

(Foto: Larissa de Souza/Divulgação)

A obra da artista visual Larissa de Souza, com essa pessoa se regando, se auto nutrindo, faz entender que estamos semeando uma ideia, que alguém semeou em nós. Talvez seja a figura mais literal do trabalho. – Gabriel Finotti

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(Colagem: Gabriel Finotti e Mateus Acioli/Divulgação)

Essa imagem é uma colagem que representa a mitologia e a influência dos antepassados com rituais. Esse trabalho contém símbolos arqueológicos diferentes, e a lua no meio traz toda a misticidade sobre os rituais, os retornos e como recriar essa mitologia. – Mateus Acioli

(Colagem: Gabriel Finotti e Mateus Acioli/Divulgação)

Essa colagem é de uma foto jornalística, super impactante, onde enfermeiros estão fazendo exercícios entre os atendimentos. Um momento de pausa frente à tragédia e ao horror, tudo isso com cores sutis. – Mateus Acioli

Essa é uma colagem que fiz em 2019 e foi escolhida para a capa da faixa “Distopia”. Quando você vai ao dentista, eles colocam esse espelho, isso por ser tão invasivo e estranho. A imagem é uma fotografia física e escaneada, que eu encontrei na internet. Acho que isso foi uma boa metáfora sobre se expor e estar vulnerável. Por trás existe este céu, com um inicio tímido de um arco-íris, um indício. – Mateus Acioli

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(Foto: Reprodução/Youtube)

Esse é um frame do Brasil na Copa de 1994. Queríamos jogar com esse inconsciente coletivo dos anos 90, onde existiu esse alicerce do Planet, e também com a nostalgia que ainda existe com a banda. Foi um pouco dessa representação, mas também lembrar de como as coisas mudaram para a pior, por exemplo, se fosse o Neymar com a camisa da CBF o quão diferente seria a mensagem da imagem. Essa tem a busca da reapropriação de símbolos nacionais. – Gabriel Finotti

(Foto: Reprodução/Youtube)

Essa é uma frame de uma matéria, dos anos 90, sobre a maconha, que passava nesses canais abertos sendo algo super alarmante, sendo que na verdade, eram só pessoas fumando um beck. Para a capa a gente realizou diversas pesquisas de vídeos no Youtube, com assuntos que a gente achava que tinha a ver com a história do Planet Hemp. – Gabriel Finotti

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29/11/2022

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