Entrevista | 5 perguntas para Luiza Machado

17/10/2024

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Brenda Vidal

Por: Brenda Vidal

Fotos: Caiano Midam/, Marcelo D2/Divulgação

17/10/2024

Sincronicidade: foram as conexões que uniram Luiza Machado a Marcelo D2. Os dois se conheceram por ela trabalhar na galeria de arte escolhida para a realização das filmagens de Amar É Para Os Fortes, longa ancorado no disco de mesmo nome lançado pelo carioca em 2018. Hoje, Luiza é produtora executiva e diretora de ATOMT, companheira de Marcelo, voz em “É MANHÃ (VEM)” e inspiração para “MAGRELA 87”. Leia nosso papo sobre sua trajetória na música.

Luiza Machado Marcelo D2/ Divulgação

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Fiquei sabendo que você já participou de um projeto musical, o Bambino e os Asteroides. Como foi isso? 

Sim! Era um projeto solo do Vitor Bambino e acabou virando uma grande banda. Ele era amigo de amigos meus; quando eu o conheci, a gente estava meio bêbado e falei que adoraria cantar, na cara de pau mesmo! (risos). Quando ele foi gravar o disco, me sugeriu cantar uma música. Foi uma experiência divertida, sinto saudades dessa época porque é algo que eu acabo deixando de lado, sabe? Teve um momento na minha vida em que larguei tudo para focar em compor minhas canções e, entre 2017 e 2018, tive um duo para tocar isso, que acabou se desfazendo e travei um pouco. 

Quando você  começou a trampar com produção cultural?  

Comecei em 2011. Sou formada em administração, mas nunca gostei e nem me identifiquei com a faculdade, fiz para cumprir um requisito. Quando ainda trabalhava com isso, um amigo me convidou para fazer um projeto experimental com ele, uma residência artística chamada Inhame. Nesse experimento, dei meu primeiro passo como curadora. 

Luiza Machado Marcelo D2/ Divulgação

Você e o Marcelo se casaram em fevereiro deste ano, e acredito que seja doido pensar que isso aconteceu no curto espaço de tempo em que não estivemos em quarentena. Qual era o seu momento pessoal e profissional na época? 

Estava cheia de planos para 2020! Vivia um momento muito bom no profissional e pessoal, queria fazer minha residência artística, transformá-la em uma galeria e estava de olho em algumas empresas para patrocínio… Quando a pandemia veio, foi um choque, algo assustador, mas o Marcelo é um grande companheiro, a gente conseguiu permanecer em sintonia. Aí veio a proposta da Twitch, que foi uma reviravolta, algo que nos deu uma esperança. 

O que você sente criando com o D2? 

É uma explosão de amor! (risos). Receber a admiração de quem você admira, compartilhar e construir em conjunto. Eu realmente só tenho a agradecer. Está sendo foda, eu até fico emocionada. A gente reveza quem ensina e quem aprende.

Luiza, no momento em que estamos conversando, o álbum ainda não está finalizado. Porém, quem nos lê agora tem o vinil ao lado. Como você gostaria que ATOMT fosse recebido? 

Quero que o ouvinte tenha em mente que foi um projeto experimental. A gente se propôs a fazer um manifesto artístico em movimento. Experimentamos na forma do Marcelo trabalhar, nas nossas trocas, na relação com toda a galera que se envolveu e com a própria NOIZE. Chegamos num resultado que me deixa feliz e satisfeita. É isso: “Bem-vindos ao nosso universo”, “bem-vindos à nossa casa”. 

Esta matéria foi publicada originalmente na edição 40 da revista NOIZE, lançada com o vinil Assim Tocam OS MEUS TAMBORES, em 2020.

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17/10/2024

Brenda Vidal

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