Entrevista de quinta | James Petralli, do White Denim, gosta mais de dormir que de música

10/05/2012

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Por: Revista NOIZE

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10/05/2012

Eles se divertiram no primeiro show em solo brasileiro. Foi em São Paulo, no dia 3 de maio. Pouco dormiram e já partiram pra Porto Alegre, seguindo pra Goiânia pra logo voltar a capital paulista – e tocar às 7h (sim, uma manhã de domingo) na Virada Cultural, que rolou no último final de semana.

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Foi a estreia – segundo eles “insana” – do White Denim no Brasil. Especialmente para o vocalista James Petralli, que assumiu: o seu amor maior é dormir.

A gente conversou com os caras – duas vezes até, em São Paulo e na capital gaúcha – e comprovou que, além de bons no palco, são também bons de papo.

“Obrigado pelos sorrisos”, era tudo o que dizia o guitarrista Austin Jenkins após o show. Mas a conversa foi além – incluiu D, o quarto disco lançado ainda em 2011, rock, Brasil e muito whisky. Afinal, eles podem girar o mundo mas não deixam Texas pra trás.

NOIZE: Primeira vez no Brasil, certo? Vocês têm gostado, já pensam em voltar?!
James: Eu gostaria de voltar para as férias aqui, pra poder aproveitar a cultura de um jeito mais relax. Quando você visita uma cidade, e está trabalhando, é um pouco difícil de absorver tudo. Eu gostaria de voltar, talvez dentro de alguns meses, pra passar um tempo e curtir de verdade.

NOIZE: O que costuma rolar no player durante uma tour?
J: Escutamos muito Little Teeth, Allman Brothers, Dire Straits, ZZ Top… Não sei, cara, entre nós quarto… A gente cobre todo espectro – de tudo que se pode ouvir. Como bebop, música clássica de vanguarda, depende do nosso feeling. Mas rock dos anos 70 é provavelmente o que a gente mais escuta.

NOIZE: Você chegou a comentar que estavam felizes de estar no Brasil também por curtirem muito a música brasileira. O que vocês ouvem?
J: Escutamos música brasileira dos anos 70, então não conhecemos exatamente nenhum artista contemporâneo. A gente escuta música clássica brasileira, o pop dos anos 60 e 70.

NOIZE: Nada de rock?
J: Eu realmente não sei. Já me recomendaram muita coisa, mas eu não saberia dizer quem, ou como isso deve soar. Eu curto Jorge Ben, essas coisas. E Jobim, claro.

NOIZE: E se você fosse descrever o White Denim em apenas quatro palavras, quais seriam?
J: Provavelmente “energia”, é algo que tentamos projetar, envolver. “Foco”. Ter ouvidos bem abertos… então “ouvir”. “Diversão”, mas num sentido mais filosófico, sempre tentando ter certeza de que entendemos que estamos tocando juntos para a diversão dos outros. E a gente sempre fala de circular entre padrões de música, como se fosse uma esfera, tentando descobrir como as formas podem ser aplicadas nos conceitos musicais. Então, energia, ouvir, círculos e diversão.

NOIZE: Planos pra um novo álbum? O que vem por aí?
J: Sim, já estamos pensando nisso. A banda tá pegando uma direção mais groove, sem tanta notas de guitarra, mais focada em um clássico mais dançante. Talvez mais leve, algo com mais groove e mais pra cima.

NOIZE: E sobre o show na Virada Cultural de São Paulo… que tal tocar às 7h da manhã?
J: Acho que deve ser a coisa mais louca que já aceitamos fazer. Eu não iria se eu não tivesse que trabalhar. Honestamente, eu amo dormir. Acho que amo mais do que qualquer outra coisa.

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10/05/2012

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