Bebé, 18, prova que é uma artista da geração Z a todo custo. Seguindo com descobertas musicais, ao mesmo momento que alcança palcos dentro e fora do Brasil, Bebé está confirmada para se apresentar no festival MIL Lisboa, evento dedicado ao encontro e valorização da música popular atual. A cantora exibe com satisfação e bom-humor o seu feito: “Vou estar pela primeira vez fora do país. São várias loucuras, eu estava meio que no radar da galera do SIM São Paulo e me apresento agora no dia 29 de setembro.”
Fazendo participações em shows, como foi o caso com o cantor Bruno Berle, no Studio SP, e abrindo a apresentação de Sampa The Great, na Audio. Progredindo na cena independente, Bebé confirma shows futuros no Sesc de Piracicaba, sua cidade natal, na abertura do show do nigeriano Jacob Banks, no dia 23 de setembro, no Cine Joia, em São Paulo, e na estreia do festival Primavera Sound São Paulo. Assinando não só como compositora e cantora, a artista também trabalha como DJ, tendo atualmente acompanhando a Marissol Mwaba e no seu projeto pessoal Salvegod.
Seguindo os desafios do seu produtor Sérgio Machado Plim, que já trabalhou com nomes como Racionais MC’s, Milton Nascimento, Liniker e Negro Léo, nasceu com proposta experimental, concebido inicialmente para a faixa “Sinais Elétricos na Carne”: “O projeto Salvegod é muito tranquilo, me dá muita liberdade para experimentar no som e nas frequências novas sensações. Então, além da minha pesquisa de DJ set, eu consigo descobrir até onde eu posso chegar nas máquinas. É uma outra personalidade que talvez só a Bebé não consiga transparecer, é desafiadora, a que tem sede de provocar os ouvidos e os pensamentos”.
Ainda trabalhando seu último disco, Bebé (2021), divulgado com exclusividade para a NOIZE, a artista mergulha em novas sonoridades, afirmando que estará presente na produção musical de novos sons e que não deseja se rotular: “Estou preparando coisas novas, por exemplo, esse ano eu lanço novos singles solo, mas ano que vem já consigo confirmar faixas com participações, tem pessoas no meu radar. Eu não tenho apenas uma onda sonora para me fixar, os shows serão com cada vez coisas mais novas.”
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Indo rumo ao pop, estudando mixagem e almejando se conectar com um público de sua idade, a cantora independente possui uma maturidade e um autoconhecimento acima da média. Filha da produtora cultural Alessandra Salvego e do violinista e diretor musical Otiniel Aleixo, Bebé também leva seu irmão, Felipe Salvego, para o comando da guitarra de seus shows: “O meu processo com o Sérgio [Machado] [hoje] é muito de instigação. O meu processo de composição é menos caótico, eu tenho mais segurança com minhas letras, minhas estruturas e, ao mesmo tempo, eu continuo sendo livre, sem rótulos. Continuo com o trabalho envolvendo minha família, agora que sou maior de idade também assumo mais coisas [risos]”.
Sob uma certa timidez, Bebé abre seus caminhos e faz votos para seu futuro na música: “Entre minhas referências musicais que me fortalecem são a banda Tuyo, Tulipa Ruiz, Luedji Luna, Liniker, Tássia Reis. Para os próximos passos, eu desejo estar segura, em um ambiente que me abrace, porque a gente sabe que o meio da música não é fácil. Quero que as pessoas se sintam desafiadas e tocadas, no meu show, seja pelo sentimento de estranheza ou de felicidade, eu quero causar alguma mudança”.
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