Exclusivo | Entre na sintonia de “Meio Caminho Andado”, novo single de Numa Gama

11/02/2020

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Por: Brenda Vidal

Fotos: Divulgação

11/02/2020

Com uma trajetória formada por dois álbuns já lançados, o novo trabalho de Numa Gama nasce de uma fase ímpar, sob a energia de um novo nome artístico. Entre o Brasil e a Alemanha, Numa faz da intersecção a sua morada e concebe o novo disco, Me Redesenho, a partir de sua afinidade em fazer das confluências o seu modo de vida, partindo de uma lógica não-binária de criação e percepção de si. Uma amostra desse quase ritual é o clipe do single “Meio Caminho Andado”, que você confere abaixo com exclusividade para a NOIZE.

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Norteado pela estética de clipe e live session, o vídeo de “Meio Caminho Andado” é dirigido por Elisa Cucinelli e Rachael Spink e foi captado em Berlim, ainda em setembro de 2019. Sobre a forma híbrida do seu trabalho, elu comenta: “O hibridismo norteia de alguma maneira o que faço com muitos timbres, que é criar multi-camadas geradas de origens concretas ou abstratas para dar origem a um único som. Por exemplo, em uma das músicas do álbum extraí apenas as ressonâncias de um sino em Berlim e combinei com um onda simples para gerar uma camada constante”, compartilha.

Mais do que híbrido, porém, elu atenta para o caráter da não-dualidade: “Musicalmente, observo que caí na maioria das vezes num lugar mais não-dual do que híbrido, isso é, esvaziar-se de referências para dar origem a novas expressões”, reflete. Inspirade pelo onírico, suas canções parecem ser guiadas por uma aura netuniana na qual o abstrato e o real ora se tornam, ora se camuflam de concreto. Soa místico, nativo, ritualístico, etéreo.

Capa do single, por Stella Ismene

Numa comenta que o single é uma das músicas que mais destoa de tudo que lançou até agora, mas a que mais reside em um dos lugares musicais que o álbum se estende. Ae artista ainda comenta as sonoridades e temáticas que chegam junto de Me Redesenho: “A paleta sonora foi composta por uma variedade grande de sons. Difícil de listar, é muita coisa que nem lembro o que usei exatamente. A temática em geral é a não-binariedade e como eu a incorporo. O álbum traz uma abordagem espiritual para a coisa no sentido de reprogramar padrões emocionais, maneiras de relacionar e posicionar-se interior e exteriormente”, sintetiza.

Para embarcar no cosmos queer de Me Redesenho, é só ficar atento ao lançamento do álbum que rola no dia 24 de março. A realização é do selo Voodoohop. Você também pode ouvir o single aqui.

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11/02/2020

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Brenda Vidal