Moby é conhecido por criar climas extremamente dançantes. Nesse sentido, Last Night deixou a desejar. Dá para perceber uma mudança de percurso na carreira do cara desde Play (1999). Last Night parece uma longa e cansativa rave nova-iorquina, cheia de referências ao hip-hop e disco music. O que sempre admirei no Moby é a capacidade de mixar as mais diferentes tendências e conseguir um ótimo resultado. Não que o experimentalismo tenha sido deixado de lado; pelo contrário. Batidas eletrônicas pesadas, MCs, pianos e violinos são a base de todo o disco. O problema é que, mesmo com algumas músicas muito boas, como “Disco Lies”, não dá para passar da quarta faixa sem que algo soe muito repetitivo.
>> Por Gabriela Lorenzon