_Por Crib Tanaka
“E logo a vi na esquina, parada, usando um chapéu”. Quando você lê isso, a narrativa automaticamente ganha ares de sedução. Uma pessoa com um chapéu parece saída de outro tempo, parece ganhar outro rumo, pode fazer a percepção dos frames mudar. Sim, um chapéu desperta curiosidade, prende o olhar.
Nos palcos, eles são recursos de styling poderosos e roubam a cena, jogando os holofotes onde eles devem brilhar.
Em portraits e fotos, eles contam mais sobre a personalidade de artistas, ao mesmo tempo em que guardam certo mistério.
Eles sempre estão presentes em editorais, seja representando décadas passadas ou complementando looks atuais. Mas, é fato: a sensação de túnel do tempo faz parte das abas.
Algumas marcas hoje são dedicadas exclusivamente a acessórios de cabeça, como a Maison Michel que, além de chapéus, faz casquetes e tiaras. A maioria dos catálogos da marca foi fotografada por ninguém mais ninguém menos que Karl Lagerfeld. Em 2009, um dos clicados foi Sean Lennon.
Aqui no Brasil, o acessório é aposta para o verão. O modelo floppy tem abas largas e ares elegantes, por isso combina mais com vestidos e saias. O fedora é mais despojado e pode ser usado de várias maneiras: com vestidos ou simplesmente com jeans e camiseta. O clochê é o típico modelo dos anos 20 e combina com visual retrô, peças cinturadas e coletes.
Sim, vale, vale tudo. Só não pode ter medo de chamar a atenção…
@Crib Tanaka é carioca-sansei, jornalista e trabalha com marketing. Acredita cada vez mais no ditado que diz “temos dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.”