No dia 6 de novembro de 1814, nasceu no interior da Bélgica um menino judeu chamado Adolphe. Você não deve conhece-lo pelo primeiro nome, mas seu sobrenome, Sax, ficou imortalizado na sua maior criação: o saxofone.
Adolphe era filho de um pai que trabalhava com fabricação de instrumentos de sopro e, desde cedo, ele se interessou pela música. Quando tinha 26 anos, ele já era um grande flautista e clarinetista, mas Adolphe sentia que esses instrumentos não lhe bastavam. Então, inspirado no formato de um cachimbo e usando de base peças de um clarone, ele conseguiu criar um novo instrumento, que tinha um som único, com um timbre bem peculiar. Foi assim, em 1841, que nasceu o primeiro saxofone.
Nos seis anos seguintes, ele criou os vários tipos de sax que existem (baixo, barítono, tenor, alto, soprano, sopranino) e, em 1847, Adolphe Sax patenteou sua criação. Infelizmente, naquela época a novidade não foi tão bem aceita. Muitos músicos se posicionaram contra a sua inclusão em orquestras, por exemplo, e o seu criador nunca ficou rico. Em 1870, a sua patente expirou e várias fábricas começaram a produzir o instrumento. Em 1894, Adolphe Sax morreu sem ver sua obra-prima conquistar o mundo.
Mas depois das primeiras décadas do século XX, quando o jazz nasceu, o sax teve seu valor reconhecido. Hoje, ele é usado por diversos gêneros musicais, ainda que seja um instrumento polêmico: há quem o ame, há quem o odeie. Seu timbre característico se tornou símbolo de músicas românticas melosas e de mau gosto, mas, quando bem usado, um sax dá uma dramaticidade a qualquer música. Atire a primeira pedra quem nunca se emocionou com um solo de sax!
Antes de procurar uma pedra no chão, dê uma olhada nesta lista que fizemos com 15 exemplos completamente diferentes um do outro que mostram como o sax é versátil e como ele dá um tempero pro som.