Os 40 músicos mais sem Noção | Iggy Pop

12/10/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

12/10/2012

 

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Iggy Pop já se cortou de propósito, mostrou o que não devia, caiu e enlouqueceu no palco. É considerado o avô do punk. Sofreu com drogas, foi parceiro de David Bowie e, sim, pode parecer incrível: ainda tá aí, vivo, lançando álbuns elogiados.

A história

Criado em um trailer por uma família de classe média baixa, James Newell Osterberg Jr. , ou Iggy Pop, mal sabia que sairia de Michigan, nos Estados Unidos, pra se tornar um dos maiores ícones da música.

Mal aluno, abandonou a faculdade para tocar bateria em uma banda chamada The Iguanas, que pouco durou. Tempos depois teve outro grupo chamado Prime Movers, destruída com uma viagem à Chicago e um baseado. Na ocasião, Iggy ligou para Ron Ashton e propôs que ele e seu irmão Scott Ashton fossem buscá-lo pra começar uma nova banda.

A carreira

Da junção de Iggy, Ron e Scott Ashton e mais três camaradas arruaceiros – ou, pelas palavras de Iggy, “aqueles caras eram uma espécie de porcos dos mais vadios, relaxados e delinquentes que jamais nasceram” – surgia o The Stooges.

Os Stooges ficaram conhecidos por uma singular agressividade que saia de um som alto, rápido e das performances sem modéstia.

O álbum de estréia, The Stooges,  foi produzido por John Cale (do Velvet Undergrond), mas não teve muito sucesso nas vendas. Eram os anos 60. A economia não andava bem e o consumo de drogas rolava solto. Funhouse, o segundo álbum, lançado em 1970, também não estourou. A banda entrou em crise.

No ano seguinte, enquanto Iggy tentava se reerguer das drogas, ele conheceu David Bowie e foi com o cara pra Inglaterra. Bowie conseguiu um contrato na Columbia Records e um terceiro disco em nome de Iggy and The Stooges: nascia Raw Power. Com mais sucesso comercial que os dois primeiros lançamentos, é verdade, mas ainda pouco para satisfazer os engravatados da música.

Fim da banda.

Mal sabiam eles que pouco tempo depois estariam influenciando bandas como Sonic Youth e Ramones. E, décadas mais tarde, seriam eternizados no Rock’n’roll Hall of Fame.

Iggy Pop fez carreira solo, lutou contra as drogar e lançou uma lista de álbuns e singles aclamados por público e crítica.

Em 2001, os Stooges estavam de volta tocando, inclusive, no Brasil. Em 2007 chegava um disco de inéditas.

Oito anos depois Iggy Pop voltou a estar só, gravando o disco Préliminaires. Neste ano, ele ainda lançou o álbum de covers Apèrs.

Conquistas

Na primeira apresentação de Iggy Pop com os Stooges ele apareceu no palco com muita maquiagem, purpurina, sem sobrancelhas e vestindo só uma camisola. O visual era tão excêntrico que o resto da banda decidiu chamá-lo com o nome de um rapaz da cidade que era retardado: Iggy.

Isso não fez com que ele desistisse das loucuras no palco.

Em 2010, aí sim essa confiança pode ter se abalado, quando Iggy se atirou do palco em um show no Carnegie Hall, em Londres, e ninguém da platéia o segurou. “Quando eu caí doeu e eu fiz uma nota mental de que aquele seria um bom lugar para dar meu último salto do palco. O público estava meio que pensando: ‘O que você está fazendo?’”

A explicação

Vomitava no público, brigou com uma gangue de motoqueiros, traficou heroína com Wayne Kramer, fundador do MC5, e pegou sua primeira gonorréia com a cantora alemã Nico, famosa por colaborar com o Velvet Underground no álbum de estréia do grupo.                 

Seus históricos de apresentação sempre envolvem loucuras e até mesmo perigo. Já subiu no palco somente com um macacão esburacado e uma calcinha vermelha que deixava suas bolas a mostra. Não contente, ele tirou o órgão pra fora e colocou no microfone.

Em outra, passou manteiga de amendoim no corpo e colou uns hambúrgueres em si mesmo. Por fim, sabe-se lá até quando, Iggy Pop chegou a espalhar um monte de cacos de vidro no palco e rolou sobre eles até ficar todo cortado.

 

 

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12/10/2012

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