Os 7 maiores escândalos de Jim Morrison

08/12/2014

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Ariel Fagundes

Por: Ariel Fagundes

Fotos: Reprodução

08/12/2014

Talvez Jim Morrison esteja mais vivo hoje do que nunca, mas se ainda estivesse andando pela Terra em carne, osso e uísque, ele seria um simpático senhor se encaminhando aos 78 anos de idade*. James Douglas Morrison viveu apenas 27 anos, mas esse tempo foi mais do que suficiente para ele deixar um legado inesquecível e fazer um estrago e tanto. Duvida? Então veja a lista abaixo onde reunimos os 7 maiores escândalos de sua vida.

1) Estudante problema
Em 1962, Jim foi estudar Arte e Psicologia na Florida State University (FSU), na cidade Tallahassee. Apenas um ano depois disso, no dia 28 de setembro, ele foi preso pela primeira vez em sua vida – a primeira de muitas. Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas o fato é que Jim começou uma grande confusão após um jogo de futebol local. Aparentemente, ele iniciou uma brincadeira tirando sarro dos jogadores e da plateia, mas o caso tomou proporções impensáveis. No fim das contas, Jim foi preso acusado de roubar o capacete e o guarda-chuva de um policial, perturbar a paz, resistir à prisão e estar bêbado em público. Abaixo, veja um filme promocional da FSU que mostra como ele era nessa época:

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2) Complexo de Édipo em “The End”
Poucos discos de estreia são tão bombásticos quanto The Doors (1967). Além de trazer hits eternos como “Light My Fire” e “Break On Through”, o álbum contém a longa e misteriosa faixa “The End”. Dentre as várias imagens perturbadoras que Jim vai narrando ao longo da letra, nenhuma vai tão longe quanto o seguinte verso: “Father… Yes, son. I want to kill you… Mother… I want to fuck you all night!!! All night long!!!!”; em tradução livre, seria algo como: “Pai… Sim, filho. Eu quero matar você… Mãe… Eu quero foder você a noite toda! A noite toda!“. Na versão que foi pro disco, Jim trocou o “fuck you all night long” por um longo grito orgásmico, mas em algumas apresentações ao vivo do The Doors ele chegou a cantar a versão completa. Segundo o que o tecladista da banda, Ray Manzareck, disse em uma entrevista posterior à morte de Jim: “Ele estava dando voz no rock ‘n’ roll ao Complexo de Édipo, tendência que estava sendo amplamente discutida na psicologia freudiana daquela época. Ele não estava dizendo que queria fazer aquilo com seus próprios pais, ele estava re-encenando uma tragédia grega. Era teatro!”. Seja como for, muita gente se ofendeu. Ouça abaixo para ver como é a letra completa da música.

3) Chapado no Ed Sullivan Show
O primeiro disco do The Doors foi um estouro de vendas e, naturalmente, a banda foi convidada para se apresentar no Ed Sullivan Show, um programa de tv tão clássico nos Estados Unidos quanto qualquer um do Sílvio Santos é no Brasil. Tudo certo, a banda estava pronta para subir ao palco e tocar para milhões de espectadores, quando surge o próprio Ed Sullivan para pedir a Jim que trocasse uma palavra da letra de “Light My Fire”. O apresentador queria que ele trocasse a palavra “higher” [uma gíria para “chapado”] por “better” [“melhor”, em inglês]. Essa prática de censura moralista era comum no seu programa, quando os Stones tocaram lá tiveram que cantar “Let’s Spend Some Time Together” ao invés de “Let’s Spend The Night Together” [“Vamos passar algum tempo juntos” ao invés de “vamos passar a noite juntos”, como era a letra original que também batiza a faixa]. Jim disse a Sullivan: “Sem problemas”, mas quando entrou no palco cantou a letra original sem nenhum constrangimento. As próximas seis apresentações que o The Doors faria no programa foram canceladas imediatamente, veja como foi:

4) Um tira segura vela em New Haven
9 de dezembro de 1967 e o The Doors estava prestes a fazer um grande show em New Haven, em Connecticut. Como era comum, antes de entrar no palco, Jim estava ocupado entre beijos e amassos com uma garota nos camarins. Não se sabe exatamente o que eles estavam fazendo, e também não interessa, mas no meio do bem-bom um policial entrou na sala onde eles estavam e mandou eles saírem. Jim retrucou e o policial encheu a cara dele de gás lacrimogêneo. O cantor ficou enlouquecido, o show atrasou um monte e, quando finalmente subiu ao palco, Jim começou a contar uma história no meio de “Back Door Man” que falava sobre “um homemzinho azul, com seu chapéuzinho azul”. Não demorou pra que a polícia se irritasse, subisse no palco e levasse Jim Morrison preso ali mesmo, no meio do show. Isso gerou uma confusão enorme na plateia e outras 13 pessoas foram presas. Jim foi acusado de incitar à revolta, indecência e obscenidade pública, mas todas as acusações acabaram sendo retiradas. O melhor de tudo é a careta que ele faz quando os guardas prendem ele no palco, como você poder abaixo:

5) Pânico no ar
Pegar um avião para ir ver um show dos Stones – maravilha, né? Qualquer um ficaria feliz numa ocasião dessas, mas, sendo o Jim Morrison, ficar “feliz” significa beber uma quantidade absurda de álcool antes mesmo de subir no avião. Junto de seu amigo Tom Baker, o vocal do The Doors transformou aquela viagem em um inferno. A dupla importunou tanto os comissários de bordo que o piloto chegou a ameaçar dar meia volta e entregá-los à polícia. Ele não mudou o itinerário, mas assim que pousou no seu destino final, a cidade de Phoenix, agentes do FBI entraram no avião e levaram eles sob custódia. Jim e Tom foram acusados de terem uma conduta embriagada e desordeira, além de terem colocado em risco a segurança de todos os passageiros do voo. Algumas versões dizem também que a dupla bêbada assediou as aeromoças e arremessou copos de vidro dentro do avião durante a viagem.

6) Um cretino com Janis
Se Jim Morrison era o rei do rock psicodélico no fim dos anos 60, Janis Joplin era a rainha. Era isso que pensava o produtor Paul Rothchild, que conhecia e trabalhava com ambos. Chegou um ponto em que ele decidiu que os dois artistas precisavam se conhecer e marcou um encontro entre eles por volta da virada dos 60 pros 70. Conforme Paul relata em um depoimento descrito na biografiaBreak On Through: The Life and Death of Jim Morrison (1991), Jim e Janis se conheceram em uma festa em Hidden Hills. Enquanto estavam relativamente sóbrios, ambos se sentiram atraídos um pelo outro e se deram muito bem. Porém, quanto mais bebia, mais agressivo, egoísta e imprevisível Jim se tornava. Após ser inconveniente com Janis, a cantora começou a se afastar de Jim na festa, mas, ao se sentir rejeitado, seu interesse por ela aumentou e ele começou a segui-la querendo puxar papo. Sua insistência chegou ao ponto de uma agressão quando ele teve a “ideia” de puxar ela pelo cabelo… Quando Jim fez isso, Janis puxou uma garrafa de uísque Southern Comfort (a mesma que ela segura na foto acima) e a acertou na cabeça dele. Paul Rothchild disse que, depois disso, Jim ficou vidrado na Janis e insistiu para que o produtor desse o telefone dela pra ele. “Que grande mulher! Ela é terrível!”, dizia Jim a Paul. Apesar dos seus apelos, Jim nunca mais teve a chance de se encontrar com Janis Joplin.

 

7) Surto e destruição no último show
Os shows do The Doors eram polêmicos desde o início do grupo e, pelo jeito, Jim não queria que isso mudasse nem no último show que a banda fez antes do vocalista morrer em 1971, e que rolou em Nova Orleans, no dia 12 dezembro de 1970. Nesse momento, a banda tinha grandes dificuldades para marcar apresentações ao vivo por dois motivos: 1) Jim estava sempre completamente bêbado e costumava esquecer as letras das músicas, isso quando conseguia cantá-las; e 2) muitos contratantes tinham medo de chamar o The Doors por causa das confusões que aconteciam nos seus shows frequentemente. A última apresentação da banda foi relativamente tranquila até o final. Na última música, “The End”, Jim teve um surto, pegou o microfone e começou a bater com ele no chão até não conseguir mais, destruindo completamente a madeira do piso. Foi assim, dessa forma non-sense e agressiva, que acabou a trajetória musical de Jim. Seis meses depois disso, ele foi encontrado morto na banheira de sua casa em Paris.

*Post atualizado em 18 de janeiro de 2021.

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08/12/2014

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Ariel Fagundes

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