Patti Smith, a mãe do punk rock, lança nesta terça-feira, aos 65 anos, seu décimo primeiro disco. Banga chega após um hiato de oito anos.
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A bolacha traz homenagem à Amy Winehouse, Johnny Depp, aos terremotos do Japão e ainda vem com cover de Neil Young. Como se não bastasse, tem a participação dos filhos Jackson e Jesse Paris e de Tom Verlaine, líder do Television.
Na Noize #41, de março do ano passado, a seção 6 Graus trazia a poetisa em forma de livro. Na época, chegava às prateleiras Só Garotos, sua autobiografia.
Aliás, se você ainda não leu, deveria.
Smith trabalhou em livraria, passou fome e publicou artigos sobre rock na revista Cream. Entrou pra história da música quando lançou Horses, um disco com fusão de rock, proto-punk e poesia recitada que ainda hoje é considerado o melhor álbum de estreia já lançado por um artista.
Em Só Garotos, a cantora refaz sua trajetória tendo como pano de fundo o relacionamento com Robert Mapplethorpe, um dos mais controvertidos fotógrafos contemporâneos. Juntos – como casal e como amigos – eles descobriram maneiras de transformar autodestruição, inquietude e medo em arte. Ajudaram a inventar a contracultura americana dos anos 70.