O rock do lado de cima do Brasil refrescou a quarta noite do Se Rasgum

18/11/2017

Powered by WP Bannerize

Marília Feix

Por: Marília Feix

Fotos: Ariel Martini

18/11/2017

A noite de sexta-feira do Festival Se Rasgum também aconteceu na beira do rio, no centro de Belém, em um galpão antigo e revitalizado com luzes e decorações coloridas chamado Açaí Biruta. A temperatura era perfeita, nem frio nem calor, só uma brisa amazônica batia no rosto de vez em quando pra lembrar que estávamos no Pará.

Giovani Cidreira foi quem iniciou a série de shows da noite. Acompanhado dos músicos da Maglore, o baiano energético trouxe um carisma impressionante em suas canções de amor e desconstrução. Se expressava com o corpo e com a sinceridade de seus sentimentos, enquanto comemorava o lançamento de seu álbum Japanese Food que saiu este ano pelo selo Balaclava. “Hipócritas, racistas, oportunistas rasos, vão se foder!”, declarou pouco antes de finalizar sua apresentação cheia de verdades.

*

Quem chegou depois dele foi a banda de rock paraense Turbo. Divulgando o seu terceiro álbum de estúdio, O melhor naufrágio, fizeram o público tremer e pular do início ao fim do show que foi crescendo e ficando cada vez mais vibrante a cada canção.

Em seguida foi a vez do garage rock da Molho Negro tocar em sua terra natal depois de rodar o Brasil em turnê. Com direito a roda punk, mosh e muitos refrões colantes, o power trio envaideceu a plateia dos pés à cabeça com o show do disco Não é nada disso que você pensou.

Mas a noite estava só começando e a atmosfera mudou com as baladas da Maglore. Em sua primeira vez em Belém, os baianos apresentaram seu quarto álbum e mais recente, Todas As Bandeiras, recebido e cantado pelo público como se já fosse um clássico. “Vocês já sabem cantar as músicas do disco novo!”, disse o vocalista Teago, surpreso com a receptividade calorosa dos paraenses.

Já estávamos felizes com os três shows da noite quando a Cidadão Instigado subiu ao palco para mostrar que era possível ficarmos ainda mais. O show comemorativo dos 20 anos de carreira da banda trouxe a sonoridade afiada dos músicos experientes aliada a uma iluminação especial e um figurino arrebatador. Com uma mistura de ritmos e solos vibrantes, tivemos baião, brega e até batidas eletrônicas no desenho de uma apresentação repleta de momentos poéticos. “Há, se não fosse o tempo para a gente deixar as mágoas para trás e acreditar que o futuro pode ser melhor”, desabafou o vocalista Fernando Catatau, antes de cantar “O Tempo”. As três horas do show da Cidadão passaram voando, como tudo que é bom na vida.

Tags:, , , , ,

18/11/2017

Marília Feix

Marília Feix