Hoje é o dia em que Ozzy Osbourne vai apagar 66 velinhas pretas em cima de um bolo com forma de morcego. No aniversário do Príncipe das Trevas, selecionamos dez momentos marcantes de sua carreira que mostram como ele mudou seu som e seu visual ao longo das décadas. Veja a lista abaixo:
1) “War Pigs” – 1970
Quando entrou no mundo do rock, John Osbourne era esse rapaz de feições virginais e cabelos lisinhos. Apenas a tatuagem grosseira nos dedos da sua mão esquerda indicavam o caminho tortuoso de drogas e polêmicas pelo qual Ozzy seguiria até o fim do poço ao longo das décadas seguintes.
2) “Rock And Roll Doctor” – 1978
Menos de dez anos vivendo como vocalista do Black Sabbath foram suficiente para deixar seu cabelo desgrenhado e tirar para sempre de sua face aquele olhar angelical de outrora.
3) “Crazy Train” – 1980
Depois de ser despedido do grupo que ajudou a fundar, Ozzy criou uma carreira solo sólida que começou ao lado do guitarrista Randy Rhoads (morto em um acidente de avião aos 25 anos). A partir daqui começam as mudanças mais severas no seu visual, especialmente no inchaço do seu corpo e nos cabelos que ele passou a clarear.
4) “Over The Mountain” – 1982
Escalando uma montanha de cocaína, Ozzy passava por um bom momento comercial nessa época, porém sua aparência denuncia o estado de descontrole que ele estava vivendo. Foi nesse ano em que ele arrancou a cabeça de um morcego a dentadas e foi preso por urinar em um monumento histórico no Texas.
5) “Bark At The Moon” – 1983
Apesar dos problemas graves com álcool e drogas, os discos de Ozzy seguiam vendendo muito. Porém, logo após o lançamento de Bark At The Moon (1983), um homem canadense matou sua mulher supostamente ouvindo o disco de Ozzy, o que lhe trouxe mais problemas judiciais.
6) “Never Know Why” – 1986
É só olhar pra cara que o Ozzy tinha nesse momento para ver que ele não estava tão bem. Uma avalanche de propaganda moralista assolava os Estados Unidos (que já é moralista naturalmente) e Ozzy estava sendo acusado de incitar a violência com sua música. As coisas ficaram feias mesmo em 1986, quando um adolescente depressivo cometeu suicídio ouvindo “Suicide Solution”, faixa do primeiro disco solo do cantor. A partir daí Ozzy teve que enfrentar uma série de julgamentos para provar que sua música não tinha nada a ver com o incidente.
7) “I Don’t Wanna Change The World” – 1992
Com o fim dos anos 80, a vida de Ozzy deu uma acalmada. As acusações judicias que sofria foram retiradas e o vício em álcool e cocaína foi (um pouco) estabilizado. Nesse momento, ele lançou No More Tears (1991), que vendeu muitas cópias mesmo. Já estava ao seu lado o lendário guitarrista Zakk Wylde e quem também deu um apoio escrevendo algumas letras pro disco foi o frontman do Motörhead, Lemmy Killmister. A partir dessa época, Ozzy nunca mais pintou de loiro os cabelos e começou a usar os clássicos óculos redondos que se tornaram uma marca registrada sua.
8) “Get’s Me Through” – 2002
De 1995 a 2001, Ozzy ficou sem lançar nenhum disco de músicas inéditas. O maior marco desse intervalo foi o lançamento de Reunion (1998), o único disco que reuniu a formação original do Sabbath desde Never Say Die! (1978). Pouco depois de sair Down To Earth (2001), Ozzy e sua família participaram do reality show The Osbournes, que teve quatro temporadas e ficou no ar até 2005. Nessa época, o cantor oscilava entre usar os cabelos pintados de vermelho e manter-los com seu tom castanho natural.
9) “I Don’t Wanna Stop” – 2007
Esse ano foi muito importante para a trajetória de Ozzy porque marcou o fim da parceria com o guitarrista Zakk Wylde, que segue se dedicando a sua banda própria, a Black Label Society. Aqui, Ozzy está com os cabelos mais compridos que de costume.
10) “Loner” – 2013
No ano passado, o mundo do rock tremeu com a notícia de que Ozzy voltaria a tocar com o Black Sabbath. Infelizmente, o baterista original Bill Ward não participou do disco que eles lançaram, 13 (2013), nem da turnê mundial que banda fez. Ainda assim, segue sendo um álbum histórico e muito melhor do que alguns lançamentos do Sabbath sem o Ozzy, como Dehumanizer (1992) e Forbidden (1995). Hoje, Ozzy é um pai de família, livre dos vícios que tanto lhe atormentaram, e usa seu cabelo castanho ao natural, apenas com algumas mechas pretas.