O site sueco de compartilhamento de arquivos The Pirate Bay (TPB) foi vendido por 60 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 15,2 mi) à empresa conterrânea Global Gaming Factory (GGF). A compra foi anunciada pela pequena companhia de software nesta ultima terça-feira (30/06). Cerca de dois meses depois da condenação dos responsáveis pelo site a um ano de prisão – além de uma multa de R$ 11,5 milhões – o site foi vendido. Os quatro fundadores do Pirate Bay foram condenados pela justiça por quebra de direito autoral.
Ainda não está definido qual será o novo posicionamento do portal. Em comunicado oficial, a GGF reconheceu a necessidade de se alinhar às leis internacionais para direitos autorais. Ou seja: muito provavelmente o site deverá se tornar legal e pago. O Pirate Bay não hospeda arquivos piratas, mas serve como ferramenta de buscas para usuários encontrarem os arquivos torrent – como músicas, filmes e jogos – e baixá-los do computador de outros usuários do site, ou seja, fazer o download de forma ilegal.
De acordo com Hans Pandeya, diretor-executivo da GGF, a postura de bater de frente com grandes corporações como as associações de gravadoras será suspensa. “Nós gostaríamos de introduzir modelos de negócio que garantam o pagamento a provedores de conteúdo e detentores de direitos autorais sobre o que é baixado no site.” Pandeya também afirma que os fundadores do TPB não serão deixados de lado. “A equipe antiga ainda está por aí de maneiras diferentes. Nós também não iremos deixar de ser ativos nas políticas da internet.”
Peter Sunde, um dos fundadores do site – e também um dos processados – está passando por maus momentos, e vem recebendo várias acusações via Twitter. Segundo ele, o site está sendo vendido por preço muito aquém do valor real. Apesar disso, os fundadores do Pirate Bay seguem com o discurso de que o dinheiro não é o mais importante no momento. “Na internet, as coisas morrem se não evoluírem. Nós não queremos que isso aconteça”, disseram, em comunicado à imprensa. “É hora de convidar mais gente para entrar no projeto, de forma que seja seguro para todos. Precisamos disso, ou o site vai morrer. E deixar o TPB morrer é a última coisa permitida!”
Fonte: Rolling Stone