Discos voadores aterrissam na obra de Zé Ramalho

03/10/2014

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Por: Revista NOIZE

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03/10/2014

Raul Seixas, Chico Buarque e Maria Bethânia já disseram ter visto Objetos Voadores Não-Identificados, os famosos OVNIs, mas, quando o assunto é ufologia, não há artista brasileiro que se compare ao aniversariante do dia de hoje: Zé Ramalho, que completa 65 anos. Estudioso do tema há décadas, o músico paraibano tem um envolvimento profundo com o assunto.

Quando tinha 22 anos, o cantor era ainda um estudante pouco aplicado de Medicina que gostava de ir com seus amigos até uma fazenda perto de João Pessoa para ficar na natureza e comer cogumelos alucinógenos. Certa vez, a diversão dele teve um desfecho avassalador:

*

– Era umas 15h, mais ou menos, e o Sol estava imenso no céu, refletindo luz sobre um pasto muito verde. Foi nesse momento em que olhei para as nuvens e havia uma sombra gigantesca e bem clara de uma nave-mãe. Era enorme e dava até para ver o contorno das escotilhas. Aquilo ali era algo muito forte e cheguei a engasgar. Um dos meus colegas também teve a mesma visão, que nos causou um impacto muito forte. Em meio à sensação que estávamos sentindo, não tivemos pânico e nem medo. Mas, diante de uma coisa assim, você fica meio paralisado, claro. Era um objeto bem grande que estava parado e sem emitir qualquer ruído, nada. Foi incrível! Esta imagem aparece muito em meus sonhos, pois desde então eu sonho frequentemente com a experiência. – contou o músico na longa entrevista que concedeu à revista UFO publicada em outubro de 2010.

Capa do LP Força Verde

Zé Ramalho afirma que essa experiência foi determinante na sua decisão de largar a faculdade e se dedicar à música. Ele inclusive chegou a compor algumas composições sobre esse tema, “uma delas é ‘Kriptônia’ [do Orquídea Negra (1983)], que fala daquele contato”, disse à UFO. Nessa faixa ele toca no assunto de modo sutil, diferentemente de “Visões de Zé Limeira Sobre o Final do Século XX”, do disco Força Verde (1982), que já começa com a seguinte estrofe: “Vejo discos de metal pairando pelas noites do país / Minhas loucas conclusões nada dizem, residem nos cabelos de Sansão / Ah! Deuses-astronautas me ajudam a conseguir o meu velo de mercúrio”.

No seu último álbum, Sinais Dos Tempos (2012), Zé canta o verso “sinais de algum alienígena que faz sobre os campos” na faixa “Sinais”, mas a música que trata o tema de forma mais aprofundada (ainda que com bom humor) é sem dúvidas “Estes Discos Voadores Me Preocupam Demais”, do álbum Nação Nordestina (2000). Ouça aqui:

Por causa de tudo isso, Zé Ramalho foi escolhido para ser o padrinho do Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência Victor Mostajo, criado há 13 anos na cidade gaúcha de Itaara. Vale a pena dar uma olhada na matéria que o Fantástico fez com Zé Ramalho na inauguração do local:

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03/10/2014

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