Imagina que você tem apenas 19 anos e acaba de lançar seu primeiro disco com a banda que você costumava ser apenas fã e agora é o cara da guitarra. Esse era John Frusciante em 16 de agosto de 1989, quando o Red Hot Chili Peppers apresentava ao mundo um dos álbuns definitivos da banda, Mother’s Milk, aquele com o tempero Frusca. Lá se vão 25 anos.
Mother’s Milk vendeu mais do que os três discos anteriores do Red Hot, tornando-se o álbum que fez o mundo voltar os ouvidos ao grupo californiano. As gravações começaram em novembro de 1988, um mês depois de Frusciante ser chamado por Flea. O novato ainda se sentia meio perdido quanto ao seu lugar na banda e estudou bastante o ex-guitarrista Hillel Slovak antes de adicionar suas melodias.
Em junho de 88, Slovak morreu de overdose, deixando para trás os amigos Flea e Anthony Kiedis. O ex-guitarrista toca em uma única faixa de Mother’s Milk: no cover de “Fire”, música original de Jimi Hendrix. Slovak foi a inspiração de Kiedis para “Knock Me Down”, uma canção póstuma e anti-drogas sobre ele.
Nessa época, Frusciante ainda era um discípulo de Slovak. O copiava até nas roupas. Suas harmonias complexas, que só apareceriam de verdade em Blood Sugar Sex Magik (1991), são sutis no primeiro disco com os Red Hot. Mother’s Milk foi apenas um começo tímido de um guitarrista que adicionou os elementos de composição que a banda precisava.
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