Era 1969 e o White Album ainda estava em primeiro lugar em diversos países. Não foram anos fáceis pros Beatles o final da década de 60. O empresário Brian Epstein havia morrido e todos os integrantes estavam casados, ou chegando lá, e não suportavam mais a presença um do outro. Os Beatles estavam exaustos.
Paul McCartney percebeu que o grupo precisava de algo que os unisse novamente. As sessões de gravação do último disco do Fab Four não foram nada fáceis. E quando elas terminaram, nenhum deles estava plenamente satisfeito com Let It Be. Por isso, o álbum pode parecer fragmentado. Não é um sucesso como foram os anteriores, mas como dizer que um disco com faixas como “The Long and Winding Road”, “Get Back” e “Across the Universe” não é bom?
Há 44 anos atrás, os Beatles lançavam o que seria seu último disco, que primeiramente foi intitulado de Get Back. A ideia era gravá-lo ao vivo em uma apresentação televisiva. Era pra ser o retorno do quarteto às suas raízes, mas quando George Harrison deixou uma sessão ficou claro que aquilo não daria certo. Com Harrison de volta, eles gravaram Let It Be, que foi lançado meses depois do Beatles acabar.
Pra gente ter uma ideia da confusão que foram as gravações, o produtor do disco Phil Spector ao mesmo tempo que foi indicado por John Lennon, era odiado por Paul McCartney. Pra compensar, Let it Be… Naked foi lançado em 2003 sem as mixagens e masterizações de Spector.
A faixa-título, odiada por Lennon, foi escrita por McCartney e inspirada na mãe do baixista. E adivinha o que tocou no funeral de Linda McCartney? “Let It Be”.
Ouça abaixo o último disco dos Beatles: