Em celebração ao legado de Cazuza (1958-1990), a gravadora Universal Musical disponibilizou na semana passada o álbum O Tempo Não Para – O Show Completo (Ao Vivo) (2022). Ocorrido em outubro de 1988, em Botafogo, Rio de Janeiro, o show icônico do artista, retorna agora em formato de álbum, com sete faixas inéditas.
O disco original, lançado em 1988, continha apenas 10 faixas do show ao vivo, levando a seleção dos produtores para o espaço disponível no vinil na época. Relançado, ele volta com canções como “Vida Fácil”, “Brasil”, “Blues da Piedade”, que ganha, junto com o lançamento, um clipe inédito dirigido por Barbara Coimbra com imagens do show e novas influências visuais, “Completamente Blue”, “Mal Nenhum”, e mais.
Além de manter a ordem original do roteiro, concebido por Cazuza e Ney Matogrosso, que assina direção do espetáculo, o álbum será, em breve, remixado em áudio espacial (Dolby Atmos), com um som em 360°, que recria o efeito acústico do ambiente do show em dispositivos menores, como fones de ouvido. O disco ganha ainda uma edição especial em CD físico (Deluxe), com surpresas para os fãs e colecionadores.
“O tempo não pára foi um show carregado de muita emoção e comoção; foi um abraço dos fãs do Cazuza em um momento único em sua vida e na de todos nós que o amamos. Poder comungar novamente dessa obra com coisas que nem mesmo eu conhecia é como um presente de Cazuza para todos nós, na data de seu nascimento. Cazuza vive e revive para sempre em muitos corações”, diz Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, em comunicado à imprensa.
O cantor era acompanhado dos músicos Nilo Romero (baixo e direção musical), que coordenou a nova mixagem dos áudios, feitas por Walter Costa, e a remasterização de Ricardo Garcia, Christiaan Oyens (bateria e gaita), Luce Oliveira (guitarra) e Ricardo Palmeira (guitarra).
O lançamento do disco igualmente pertence a campanha REVIVA CAZUZA, iniciativa de Araújo e da Sociedade Viva Cazuza, que pretende chancelar e estimular ações em torno da obra e imagem do artista.
Com quase 34 anos de distância, o disco retorna ainda mais atual, com destaque para falas de Cazuza, em especial, no final da faixa “Blues da Piedade”, afirmando que o show deveria se chamar vida: “Acho que o show podia chamar vida, porque eu acho que nada, nada, é maior que a vida, nada é mais bonito. Tem o dia a dia da gente, tem o normal, mas a vida é a coisa mais importante, a vida é maior que tudo”.
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