Documentário sobre Belchior será exibido no festival “É Tudo Verdade”

04/04/2022

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Ana Cristina leme/AE/Divulgação

04/04/2022

O documentário “BelchiorApenas um coração selvagem” será exibido, nesta quinta-feira (7), na 27ª edição do festival “É Tudo Verdade“. O longa terá sessões simultâneas, às 20h, no Espaço Itaú de Cinema Augusta, em São Paulo e no Espaço Itaú de Cinema Botafogo, no Rio de Janeiro. O filme está na competição de longas brasileiros.

O filme marca a estreia de Natália Dias e Camilo Cavalcanti na direção de um documentário. A dupla, que têm longa carreira na produção de projetos brasileiros, assina também o roteiro com Paulo Henrique Fontenelle, diretor e roteirista de “Cássia Eller” e “Loki, Arnaldo Baptista”.

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Camilo Cavalcanti e Natália Dias, dupla diretora do longa sobre Belchior. (Foto: Ana Pazian/Divulgação)

O documentário será exibido igualmente em formato online pelo É Tudo Verdade Play, em programação gratuita da plataforma, às 21 horas de quinta-feira (7) e às 13 horas de sexta-feira (8). No mesmo dia e horário da segunda exibição online, será realizado simultaneamente a mesa de debate com a equipe do filme, no canal do Youtube.

Em nota, Camilo Cavalcanti afirma: “Nosso filme começa em 2016, com Belchior ainda vivo. Um desejo que nasce junto ao grito ‘Volta, Belchior!’, movimento que, para além da internet, já estampava os muros do país. Atravessados por essa obra potente, decidimos mergulhar nas palavras de Bel. Nosso foco sempre foi a palavra, a construção de uma poesia afiada, a força das mensagens, a atemporalidade dos versos. Fomos conduzidos por esse personagem complexo e contraditório no processo de descoberta do filme”.

Cantor cearense em apresentação. (Foto: Mario Luiz Thompson/Divulgação)

No filme também é apresentado poemas e letras da obra do cantor, declamadas por Silvero Pereira, conterrâneo de Belchior. O ator e diretor foi a escolha imediata dos diretores, por sua relação com o Nordeste, as semelhanças com o cantor e a potência de sua atuação. 

“Nosso desejo era trazer a palavra do Belchior através de pessoas que tivessem alguma ligação com o artista, ou algum atravessamento pela sua obra. Sempre pensamos no Silvero como uma dessas pessoas por toda sua força como artista, por ser também cearense e trazer muitos signos presentes na poesia de Belchior. Silvero abraçou a ideia imediatamente, disse que se sentia parte da poesia cantada pelo Belchior. Que muitas das músicas poderiam falar de sua vida e trajetória artística”, fala Dias em nota.

Ator e Diretor Silvero Pereira disse que se sentira parte da poesia cantada por Belchior. (Foto: Ana Pazian/Divulgação)

A história e as contradições do cantor e compositor são mostradas no filme por meio de imagens de arquivo e depoimentos de diferentes momentos dos 40 anos de carreira do artista. Contado em primeira pessoa, o longa traz entrevistas do cantor cearense que era conhecido por ser crítico às letras do tropicalismo com frases como “nada é divino, nada, nada é maravilhoso”, em alusão à música de Caetano Veloso.

O compositor alcançou o auge do sucesso em 1976 com “Alucinação” e lançou dezenas de álbuns nas décadas seguintes. Nos anos 2000, Belchior desaparece da cena pública e passa quase 10 anos vivendo recluso e falece no ano de 2017, vítima de um aneurisma.

Teaser da cinebiografia do cantor. (Vídeo: Divulgação)

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04/04/2022

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