_por Crib Tanaka
Dois calçados fazem parte do visual punk rock há anos: o Converse Chuck Taylor e o coturno Dr Martens. Não tem como não associar o tênis de cano alto aos palcos. Assim como não dá pra imaginar punks sem as botas Dr Martens.
A Converse tem 104 anos de vida e, nesse meio tempo, criou edições especiais que homenagearam nomes da música como The Doors, Metallica, Black Sabbath, ACDC e Kurt Cobain. Tudo para manter vivo o histórico ligado ao rock.
Em 2008, a marca reafirmou a tradição da veia roqueira com a campanha Creativity, que trazia ícones misturados a artistas atuais. Entre eles, James Dean e Sid Vicious.
A Dr Martens tem menos tempo de vida, 50 anos, mas tem a tradição e atemporalidade como atributos em um produto-chave que ganha, a cada estação, novas cores e estampas ou assinaturas em parceria. Assim, a marca se renova sendo fiel ao que sempre propôs: botas e sapatos com ar industrial e militar.
A marca foi criada na Alemanha, mas se firmou no Reuno Unido, onde apareceu pela primeira vez nos anos 60, ficando popular entre policiais, carteiros e empregados de fábricas.
Nos anos 70, os skinheads adotaram os calçados e, daí em diante, os coturnos caíram no gosto de todos os movimentos ligados à cultura undergound: punk, two tone, Oi!, new wave, hardcore, psychobilly, grunge…
Peter Townshend uma vez declarou ir para a cama, durante as turnês, com duas coisas: “uma garrafa de cognac e uma bota Dr. Martens”.
O coturno permanece como ícone punk e de moda, sendo usado hoje muito por mulheres.
Já temos visto os creepers aparecendo em looks em blogs e revistas. A Dr Martens tem uns bem roots, dignos de qualquer um que deseja ter um modelo no guarda-roupa.
E aí? Calça esse sapato e vamos para a rua!
@Crib Tanaka é carioca-sansei, jornalista e trabalha com marketing. Acredita cada vez mais no ditado que diz “temos dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.”