Entrevista | Tatá Aeroplano fala sobre a criação do novo disco “Não Dá pra Agarrar”

25/10/2022

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Por: Gabriela Amorim

Fotos: Luiz Romero/Divulgação

25/10/2022

A mente efervescente de Tatá Aeroplano faz com que o artista divulgue, desde 2012 quando assumiu sua carreira solo, quase um projeto por ano. Escrevendo composições desde os seis anos, em junho passado o paulista lançou o disco Não Dá pra Agarrar (2022), reunindo 11 faixas de sua própria autoria, com coprodução de Dustan Gallas (baixo), Junior Boca (guitarra e violão) e Bruno Buarque (bateria e percussão), dando sequência ao consistente Delírios Líricos (2020). “Às vezes faço de três a quatro músicas por dia, em qualquer situação mas isso depende do meu estado de inspiração. Não que eu fiquei buscando compor, mas eu já estou nesse estado”, assume Aeroplano.

Com o último lançamento, Tatá percorreu um novo trajeto ao lado dos coprodutores, desta vez sem roteiro, apenas com o intuito livre de criar: “Um pouco antes de entrar no estúdio eu tinha separado uma série de músicas, mas depois pensamos em pegar uns dias no estúdio para criar coletivamente e ver o que saia”, diz o cantautor independente. Com o trio, o artista compôs, no estúdio Minduca, a faixa exultante “Solta o Desejo, em novembro.

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A amizade entre os parceiros surgiu aos acasos da vida, quando Tatá fez uma participação no disco Journal de Bad (2010), produzido por Boca e Gallas, da niteroiense Bárbara Eugênia, onde gravaram a canção “Dos Pés”. “Eu só ficava pensando que para o meu primeiro trabalho solo eu queria o Boca e o Dustan. O Bruno Buarque chegou porque na época ele tocava com o Dustan, foi uma coisa natural. Montamos a banda para fazer o show e depois já fomos gravar Na Loucura e na Lucidez (2014), deu certo.”

Sua trajetória musical, como ex-integrante das bandas Cérebro Eletrônico e Jumbo Elektro, apresenta mais de duas décadas de trabalho e nesse último disco reúne um mundo de composições adversas, que passam por cenários calmos, como na faixa “Nosso Quarto Mundo”, até a psicodelia de “Chá Delícia”, que se completa com o saxofone de Márcio Resende: “A faixa que abre o disco, escrevi duas frases na virada do milênio, durante a pandemia peguei um dia e simplesmente desenrolei. ‘Grilos na Festa’ é uma outra que trouxe de anos atrás”, relembra o artista que recorre aos materiais salvos em fitas cassetes, notas e cadernos.

Cercado de diferentes colaboradores, Tatá contou com os vocais de Eugênia nas faixas “Grilos na festa” e “Sinfonia da manhã”, cantora e compositora com quem dividiu o álbum Vida aventureira (2017), lançado há cinco anos. O disco também tem participações de Peri PaneMalu Maria, Kika, Lenis Rino, Yrahn Barreto, este último na composição da faixa “Na beleza da vida”.

“O nosso próximo disco vai ser coletivo” diz Tatá Aeroplano. (Foto: Luiz Romeno/Divulgação)

Para o próximo projeto, o paulista se exibe despreocupado e deixa evidente que irá seguir nesse caminho do exercício coletivo de composições: “O nosso próximo disco vai ser coletivo, nesse esquema. Eu não vou mais chegar com uma canção, a gente vai criar tudo assim, porque funcionou e eu gostei. É legal porque você cria, a partir de uma coisa que você não sabe direito onde vai chegar. Eu não componho desde a entrega do disco, mas sei que quando a gente se encontrar, vai sair um material novo”, completa.

O paulista se apresenta nesta terça-feira (25), com o novo disco, na Sala Adoniran Barbosa, no Centro Cultural São Paulo, em show gratuito. Os ingressos serão distribuídos às 18 horas, na bilheteria do espaço.

Serviço: Tatá Aeroplano em show gratuito no CCSP
Data:
25/10/22.
Horário: 19 horas.
Local: Centro Cultural São Paulo.
Endereço: Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo.
Ingresso: Gratuito.


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25/10/2022

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Gabriela Amorim