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core/freeform

Não é de hoje que o cantor, compositor e guitarrista Guri Assis Brasil flerta com ritmos latinos. Ainda que o seu primeiro disco solo, Quando Calou-se a Multidão, (2013) tenha um espírito mais cancioneiro, já em 2014 ele lançava o single instrumental “<a href="http://api.noize.com.br/guri-assis-brasil-chama-miranda-e-gabriel-guedes-para-cumbia-rivera/" target="_blank">Rivera</a>”, em que anunciava o começo de um relacionamento mais sério com a música que habla español.

Agora o ex-integrante da banda gaúcha Pública prepara a chegada de seu segundo álbum solo, Ressaca, com incentivo do projeto Natura Musical e lançamento oficial no dia 4 de agosto. Na semana passada ele soltou o <a href="http://www.naturamusical.com.br/baixe-e-ouca-casco-do-guri-assis-brasil" target="_blank">primeiro single, "Casco"</a>, e hoje apresenta "Vou Me Mudar Pro Uruguai", junto com um clipe que traz cenas feitas no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Chuí e Rio Grande) e no Uruguai (Castillos, Punta del Diablo, Rocha, El Pinar e Montevideo), uma coleção de lugares que carregam um pouco da história de vida dele.

Prepare-se para liberar os movimentos do corpo e deixar uma nostalgia latina e bem misturada te levar:

<iframe src="https://www.youtube.com/embed/g0ILcuA1SZI" width="600" height="400" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

Além do trabalho autoral, Guri é guitarrista nas turnês do Otto e de outros músicos da cena mangue beat pernambucana, e entre um show e outro, nos contou sobre a sua transição sonora do primeiro para o segundo álbum: "Ressaca tem a latinidade presente em muitas faixas, mas elas são de diferentes estilos, épocas e países. No primeiro disco eu estava aprendendo a compor, então acabou sendo bem cancioneiro mesmo, gravado com violão e voz e depois acrescentando instrumentos em cima."

Os dois primeiros singles do novo disco têm esses traços de cumbia e reggaeton, mas não são só essas as novidades, há mais amplitude e menos preconceito, conta: "Quando me mudei pra São Paulo eu e o Gabriel Guedes começamos a compor coisas referentes à América Latina. Então eu percebi que todas as bandas que eu tinha tocado, bandas dos amigos, tinham uma referência europeia e norte-americana e isso me incomodava muito. Era sempre 'ouve aquela música do Wilco.' E eu nasci na fronteira do Uruguai, eu sou da América Latina. Levei 30 anos pra me assumir: eu sou daqui, eu sou de Santana do Livramento, então eu sempre convivi com a língua espanhola também. Na verdade foi muito natural. Mas o disco não é todo latino, as mais latinas são estas duas que lancei até agora."

<a href="http://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2016/07/GURI-ASSIS-BRASIL-3-cre%CC%81dito-Gustavo-Vargas.jpg"><img class="aligncenter wp-image-104188" src="http://api.noize.com.br/wp-content/uploads/2016/07/GURI-ASSIS-BRASIL-3-cre%CC%81dito-Gustavo-Vargas.jpg" alt="" width="600" height="400" /></a>

"Vou me mudar pro Uruguai" tem uma volta cronológica, um olhar adulto sobre a infância e uma nova perspectiva sobre o que passou. Guri lembra de histórias do tempo em que ainda morava na fronteira e de suas mudanças: "Um dos meus melhores amigos era uruguaio. Tinha um parque internacional que era bem a divisa entre os dois países e um mastro que de um lado era o Uruguai e do outro era o Brasil. Eu atravessava sempre aquele parque pra visitar o Luis, e a gente jogava futebol. E pra passar pelo parque, tinham uns camelôs que tocavam cumbia e reggaeton. São ritmos bem duvidosos, mas ao mesmo tempo bem populares. Eu queria me apropriar de coisas que são extremamente populares e taxadas como bregas ou coisa assim, e dar uma nova roupagem, deixar diferente na canção, sabe? Por exemplo, o reggaeton tem somente a batida da bateria com beat eletrônico, e em cima disso eu fiz uma melodia e uma harmonia mais abrasileirada e misturei umas referências de Pink Floyd também, pra não ficar tão caricato. Acredito que este disco é um apanhado de coisas que eu vivi desde a minha infância, e coisas que eu aprendi indo pra Porto Alegre e depois em São Paulo, com a galera de Pernambuco."

A experiência da estrada e a convivência com artistas mais experientes, abriu um caminho de liberdade e experimentação para o gaúcho em sua busca pela sinceridade e fuga do lugar comum. Ressaca terá participações de músicos pernambucanos e um release especial escrito pelo Carlos Eduardo Miranda. "Eu pensei em fazer o que eu estava afim, mais do que escolher uma sonoridade. Eu quis fugir de estereótipos. No disco tem até uma parceria com o Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) que é um tango, que foge bastante do que eu fiz até agora também. Tem uma música em que o Pupillo (Nação Zumbi) gravou a percussão com uma caixa de frevo em cima de uma milonga. São essas as misturas que eu estou tentando fazer, com o meu aprendizado no Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina. Utilizei sintetizadores também. Tem uma milonga que não é uma milonga. Esse disco é bem eu mesmo", desabafa Guri.

Faltando poucos dias para a chegada do álbum e dos shows de lançamento, revela: "Eu sempre criei muita expectativa sobre as coisas, a gente acha que vai chegar em um lugar, mas na verdade é um caminho muito longo, né? Já to pensando em um outro disco e em pirar mais ainda, isso nunca vai acabar. O próximo vai ser mais louco ainda, o que vai ser muito natural."

Confira as primeiras datas da turnê de Ressaca:

25/08 - Porto Alegre - Ocidente
30/09 - São Paulo - Z Carniceira
06/10 - Rio de Janeiro - Audio Rebel

Não é de hoje que o cantor, compositor e guitarrista Guri Assis Brasil flerta com ritmos latinos. Ainda que o seu primeiro disco solo, Quando Calou-se a Multidão, (2013) tenha um espírito mais cancioneiro, já em 2014 ele lançava o single instrumental “<a href="http://api.noize.com.br/guri-assis-brasil-chama-miranda-e-gabriel-guedes-para-cumbia-rivera/" target="_blank">Rivera</a>”, em que anunciava o começo de um relacionamento mais sério com a música que habla español.
Agora o ex-integrante da banda gaúcha Pública prepara a chegada de seu segundo álbum solo, Ressaca, com incentivo do projeto Natura Musical e lançamento oficial no dia 4 de agosto. Na semana passada ele soltou o <a href="http://www.naturamusical.com.br/baixe-e-ouca-casco-do-guri-assis-brasil" target="_blank">primeiro single, &#8220;Casco&#8221;</a>, e hoje apresenta &#8220;Vou Me Mudar Pro Uruguai&#8220;, junto com um clipe que traz cenas feitas no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Chuí e Rio Grande) e no Uruguai (Castillos, Punta del Diablo, Rocha, El Pinar e Montevideo), uma coleção de lugares que carregam um pouco da história de vida dele.<div id="videoAd">*</div> <script type="text/javascript">var t = "//des.smartclip.net/ads?type=dyn&plc=90854&sz=400x320&elementId=videoAd";t += "&ref=" + encodeURIComponent(window.top.document.URL);t += "&rnd=" + Math.round(Math.random()*1e8);var s = document.createElement("script");s.type = "text/javascript";s.src = t;document.body.appendChild(s);</script>
Prepare-se para liberar os movimentos do corpo e deixar uma nostalgia latina e bem misturada te levar:
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Além do trabalho autoral, Guri é guitarrista nas turnês do Otto e de outros músicos da cena mangue beat pernambucana, e entre um show e outro, nos contou sobre a sua transição sonora do primeiro para o segundo álbum: &#8220;Ressaca tem a latinidade presente em muitas faixas, mas elas são de diferentes estilos, épocas e países. No primeiro disco eu estava aprendendo a compor, então acabou sendo bem cancioneiro mesmo, gravado com violão e voz e depois acrescentando instrumentos em cima.&#8221;
Os dois primeiros singles do novo disco têm esses traços de cumbia e reggaeton, mas não são só essas as novidades, há mais amplitude e menos preconceito, conta: &#8220;Quando me mudei pra São Paulo eu e o Gabriel Guedes começamos a compor coisas referentes à América Latina. Então eu percebi que todas as bandas que eu tinha tocado, bandas dos amigos, tinham uma referência europeia e norte-americana e isso me incomodava muito. Era sempre &#8216;ouve aquela música do Wilco.&#8217; E eu nasci na fronteira do Uruguai, eu sou da América Latina. Levei 30 anos pra me assumir: eu sou daqui, eu sou de Santana do Livramento, então eu sempre convivi com a língua espanhola também. Na verdade foi muito natural. Mas o disco não é todo latino, as mais latinas são estas duas que lancei até agora.&#8221;
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&#8220;Vou me mudar pro Uruguai&#8221; tem uma volta cronológica, um olhar adulto sobre a infância e uma nova perspectiva sobre o que passou. Guri lembra de histórias do tempo em que ainda morava na fronteira e de suas mudanças: &#8220;Um dos meus melhores amigos era uruguaio. Tinha um parque internacional que era bem a divisa entre os dois países e um mastro que de um lado era o Uruguai e do outro era o Brasil. Eu atravessava sempre aquele parque pra visitar o Luis, e a gente jogava futebol. E pra passar pelo parque, tinham uns camelôs que tocavam cumbia e reggaeton. São ritmos bem duvidosos, mas ao mesmo tempo bem populares. Eu queria me apropriar de coisas que são extremamente populares e taxadas como bregas ou coisa assim, e dar uma nova roupagem, deixar diferente na canção, sabe? Por exemplo, o reggaeton tem somente a batida da bateria com beat eletrônico, e em cima disso eu fiz uma melodia e uma harmonia mais abrasileirada e misturei umas referências de Pink Floyd também, pra não ficar tão caricato. Acredito que este disco é um apanhado de coisas que eu vivi desde a minha infância, e coisas que eu aprendi indo pra Porto Alegre e depois em São Paulo, com a galera de Pernambuco.&#8221;
A experiência da estrada e a convivência com artistas mais experientes, abriu um caminho de liberdade e experimentação para o gaúcho em sua busca pela sinceridade e fuga do lugar comum. Ressaca terá participações de músicos pernambucanos e um release especial escrito pelo Carlos Eduardo Miranda. &#8220;Eu pensei em fazer o que eu estava afim, mais do que escolher uma sonoridade. Eu quis fugir de estereótipos. No disco tem até uma parceria com o Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) que é um tango, que foge bastante do que eu fiz até agora também. Tem uma música em que o Pupillo (Nação Zumbi) gravou a percussão com uma caixa de frevo em cima de uma milonga. São essas as misturas que eu estou tentando fazer, com o meu aprendizado no Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina. Utilizei sintetizadores também. Tem uma milonga que não é uma milonga. Esse disco é bem eu mesmo&#8220;, desabafa Guri.
Faltando poucos dias para a chegada do álbum e dos shows de lançamento, revela: &#8220;Eu sempre criei muita expectativa sobre as coisas, a gente acha que vai chegar em um lugar, mas na verdade é um caminho muito longo, né? Já to pensando em um outro disco e em pirar mais ainda, isso nunca vai acabar. O próximo vai ser mais louco ainda, o que vai ser muito natural.&#8221;
Confira as primeiras datas da turnê de Ressaca:
25/08 &#8211; Porto Alegre &#8211; Ocidente 
30/09 &#8211; São Paulo &#8211; Z Carniceira 
06/10 &#8211; Rio de Janeiro &#8211; Audio Rebel

Não é de hoje que o cantor, compositor e guitarrista Guri Assis Brasil flerta com ritmos latinos. Ainda que o seu primeiro disco solo, Quando Calou-se a Multidão, (2013) tenha um espírito mais cancioneiro, já em 2014 ele lançava o single instrumental “Rivera”, em que anunciava o começo de um relacionamento mais sério com a [&hellip;]

Exclusivo | Vem dançar com o novo clipe do Guri Assis Brasil

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