Lenine e Suzano farão show de “Olho de Peixe” no Coala Festival

26/08/2024

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Ariel Fagundes

Por: Ariel Fagundes

Fotos: Selmy Yassuda/ Divulgação

26/08/2024

O ano era 1981 quando Marcos Suzano ouvir falar de Lenine: “Primeiro, conheci o nome”, lembra. Aos 18 anos, o jovem percussionista tocava com amigos, e um deles mostrou “Prova de Fogo”. “Era uma música cheia de quebrada, com tempo ímpar. Era o maior som! E eu falei: ‘Pô, que música maneira’. ‘Ah, essa aí é do Lenine, um cara que chegou aí no Rio’”, conta Suzano.

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Naquele ano, essa canção do recifense de 22 anos havia sido selecionada no Festival da Nova Música Popular Brasileira e saiu em um compacto acompanhada de “Princípio Da Culpa”. Foram as primeiras músicas que Lenine gravou como artista solo. Dois anos após seu primeiro lançamento, “Prova de Fogo” foi relançada em Baque Solto (1983), disco de estreia de Lenine e Lula Queiroga.  

Levaria dez anos para sair o segundo disco de Lenine, mas muitas músicas suas foram gravadas nos anos 1980, tanto por ele quanto por outros artistas. Em 1984, Lenine fez um compacto com Lincoln Olivetti e Robson Jorge (“Baque da Era/Véu da Noite”); em 1985, formou a banda de rock Xarada, que lançou quatro faixas (“Pode Ser Legal”, “Hoje Não é Meu Dia De Sorte”, “Mal Necessário” e “O Feitiço E O Feiticeiro”) e da qual também participava Lula Queiroga. Em 1989, gravou “Samba do Quilombo” no disco coletivo VII Fampop (Feira Avareense Da Música Popular – 1989). No mesmo ano, Elba Ramalho lançou “A Roda do Tempo”, de Lenine. 

Suzano, por sua vez, começou a carreira profissional na mesma época. Primeiro, integrou o Grupo Nó em Pingo D’água, com o qual participou dos álbuns Antônio Adolfo Abraça Chiquinha Gonzaga (1983) e do LP Salvador (1987). Em 1985, gravou o disco Aquarela Carioca, do violonista Paulo Steinberg, e quem também estava nesse trabalho era o saxofonista Mário Sève. Com Mário, Suzano formou, por volta de 1988, o grupo batizado com o nome da faixa-título de Paulo Steinberg: Aquarela Carioca. Foi aí que os caminhos de Suzano e Lenine se encontraram pessoalmente.  

“Tudo começou por causa da banda que Suzano fazia parte, a Aquarela Carioca, de que fazia parte também Paulinho Muylaert”, lembra Lenine. Paulo Muylaert gravou as guitarras de Baque Solto e tocava com Lula e Lenine quando formou a Aquarela Carioca. E não demorou até que esses dois núcleos musicais se encontrassem. 

“Eu tinha admiração pelo grupo inteiro, era um coletivo sonoro maravilhoso, e Suzano era um deles”, conta Lenine: “O pandeiro dele já era uma coisa que chamava muita atenção pelo espectro sonoro. A gente se encontrou e foi uma admiração mútua, o diálogo musical se estabeleceu desde o primeiro encontro. A gente tinha muita coisa em comum, pelo que gostava e ouvia. E tinha um caminho parecido no fazer. Diferente de tudo que estava rolando”, diz Lenine. 

No início da década, Lenine teve sua composição “As Voltas que o Mundo Dá” escolhida para integrar a trilha da novela A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990) e convidou Suzano para gravar a faixa com ele. “E isso foi o start”, diz Lenine. “Lenine curtia o meu som, aí pintou a trilha, e ele me chamou. Nós gravamos, e aí ficou bem claro que havia uma afinidade musical muito grande”, diz Suzano.

No segundo disco do Aquarela Carioca, Contos (1991), Lenine se uniu a Suzano novamente, gravando alguns vocais como convidado do grupo. Em 1993, houve outro encontro incidental, no disco Pra Bom Entendedor… (1993), de Fátima Guedes, que gravou “O Silêncio das Estrelas”, de Lenine, com o pandeiro de Suzano e o violão e a voz do compositor. 

Com o tempo, foi crescendo a vontade mútua de expandir aquela parceria. “A gente ficou com o desejo de fazer alguma coisa em duo, porque percebemos que pingue-pongue legal aquilo possibilitou. Era uma grande diversão sonora, mesmo. Toda vez era uma coisa muito divertida”, lembra Lenine sobre tocar com Suzano. 

Mais ou menos nesse período, na virada de 1992 para 1993, houve uma reunião, na casa de Suzano, que foi decisiva. “Uma bela tarde e noite, ele passou lá e a gente ficou tocando um tempão. Aí rolou o maior som!”, diz Suzano, lembrando dos primeiros passos do Olho de Peixe (1993): “A gente tocou umas músicas e viu que o caminho já estava alinhado”.     

“E o disco foi feito assim, a gente respeitou isso que aconteceu numa tarde na casa de Suzano”, conta Lenine. “Mostrei a sequência das canções, porque muitas dessas músicas eu já tocava há algum tempo. Então, já tinha aquilo de querer contar uma história através da sequência das canções. E a gente já viu o formato. Teve uma série de compreensões que vieram daquela tarde. Ali, a gente disse: ‘Vamos fazer assim, assim e assim’. Fomos e fizemos”.

Sabor de síntese

Eis que entra o terceiro ponto do triângulo: o engenheiro de som Denilson Campos, que trabalhava no estúdio Chorus. “Eu já tinha trabalhado com Suzano em vários projetos, e o Lenine eu conhecia menos, mas conhecia também”, explica Denilson: “E eu era supervisor técnico do estúdio, e, em alguns horários, eu podia pintar. Sempre horários alternativos, que estavam vazios, sem nenhuma gravação marcada. Eu sabia que Suzano tinha um projeto com o Lenine e imaginava que fosse muito bom. Então, convidei eles para gravar”.  

“Denilson surgiu como a terceira pessoa que tornou aquilo possível porque tinha um estúdio e disse: ‘Bora’. E foi isso, nós três resolvemos, fizemos de uma maneira muito objetiva. O disco é muito objetivo. Tivemos quatro finais de semana para gravar, e aí gravamos o Olho de Peixe todo assim. O processo foi muito rápido”, diz Lenine. 

“Era o final de semana inteiro. Na segunda, o estúdio tinha que ser liberado. A gente entrava na sexta, montava os instrumentos, e gravava tudo o que tinha que gravar. No meio do processo, eles falaram que eu estava viabilizando o projeto no estúdio, e eu acabava opinando aqui ou ali, já que tinha abertura para isso. Nisso, me convidaram pra fazer parte da produção com eles. E eu topei”, conta Denilson.

Em entrevista, Suzano e Lenine concordam que o engenheiro de som tinha um papel decisivo na ourivesaria dos fonogramas que estavam realizando ali. “O meu som de pandeiro, ele que falou: ‘Dá pra fazer, dá pra ir mais grave’. E com a coisa do microfone acoplado ao corpo [do pandeiro, que se tornou uma das marcas de Suzano], ele me ajudou muito ao falar: ‘Não tem problema nenhum’. E todo mundo tinha medo”, diz Suzano. 

“O Suzano sempre procurou aquela sonoridade do pandeiro dele, bem pesado. E eu sempre gostei de explorar os graves, então deu sintonia. E com o Lenine também, ele é super tranquilo. Depois, o Lenine fez seus discos solos e eu fiz turnê com ele, viajamos o mundo inteiro por 19 anos”, diz Denilson. 

“Ele formatou, na maneira como microfonou, as possibilidades que usamos pra chegar o mais perto do que a gente ousava acreditar que era possível nas baixas frequências”, acrescenta Lenine: “Uso muito as cordas grossas, algumas soltas, vou criando uma malha harmônica, e Denilson percebeu isso. Teve uma grande experimentação, por parte do Denilson, de como captar cada um dos instrumentos”.

Suzano lembra que a construção de todas músicas foi acontecendo de forma muito espontânea, no diálogo: “O Lenine é um ritmista no violão, mas ele faz um ritmo harmônico e melódico, e ele toca riffs. Quando ele chegou com aquele violão, pensei: ‘Vou ocupar o que está faltando, basicamente, com mais grave, mais agudo e alguns cortes’. Era uma coisa muito de ação e reação. Ele apresentava um negócio, e eu vinha com a resposta”. 

“Não teve muito arrodeio, não”, diz Lenine: “De repente, achava o beat da canção, gravava um violão, uma voz, aí Suzano ia lá, fazia a primeira, às vezes um pandeiro só já matava! A gente brincava com o contraponto. Um em cima do outro. Era um pingue-pongue o tempo todo. A gente conseguiu um equilíbrio químico na parceria. Ele, de alguma maneira, era o cara que estava fazendo uma melodia na percussão. E eu estava fazendo percussão em um instrumento harmônico. E cada um servindo para o outro, como um contraponto. Então, sempre teve essa alma de capoeirista que nos envolvia em uma brincadeira sonora, que sempre tem, até hoje, um frescor, um sabor de síntese muito próprio”. 

“Minha inspiração pra quase todo Olho de Peixe foram bateristas. Se você ouvir ‘Leão do Norte’, aquela batida flerta com uma quadrilha, mas o que está por trás mesmo é a batida do Sly Dunbar. Assim como emm ‘O Último Pôr do Sol’, aquela levada está no Michael Jackson e no Public Enemy. Esse cruzamento, essa entrada do tipo de ideia do beat, era o que estava faltando um pouquinho. Em muitos discos da MPB, a percussão é levíssima, delicada, não tem grave, era cheia de não-me-toques. Com a possibilidade de tocar com um violão e ter um espaço enorme aberto, eu comecei a comentar, e as variações de grave no pandeiro funcionavam como o baixo, por exemplo. Aí comecei a jogar com o violão do Lenine e ficou aquela história”, diz Suzano.  

A força de Olho de Peixe reside justamente na ênfase que o disco dá ao encontro desses dois artistas tão singulares, capazes de preencher, em dupla, todas as frequências necessárias em uma canção, do grave ao agudo. Tanto que, além de Suzano e Lenine, há pouquíssimos acréscimos instrumentais: apenas Carlos Malta, tocando saxofone em “Olho de Peixe”), Eduardo Siddha e Fernando Moura, tocando percussão e teclado em “Escrúpulo”, e Paulo Muylaert fazendo a guitarra de “Lá e Lô”. 

“Quando a gente ouviu o espectro do áudio, de cara, já falamos: ‘Pô, não precisa botar mais nada aí. Isso tá o maior som’. É bom porque você ouve o espaço de cada instrumento”, diz Suzano. “Por ter menos elementos ali, descrevendo a história musical, fica evidente o violão e a percussão. Tudo é protagonista. Nada ali é jogado fora. É tudo muito objetivo. É realmente uma síntese muito especial”, diz Lenine, que acrescenta:

“E já tem, ali, a relação com o silêncio, de como lidar com a pausa como elemento sonoro efetivo. O disco tem músicas fundidas, e o respiro é do mesmo tamanho do tempo que precede o da música que veio. Então, é o mesmo beat pra poder manter pulsando a audição sem interferência. A pausa foi uma ferramenta que descobri ali e uso até hoje como figura mais importante dentro do universo da música”.

“Vínculo” é também um valor que norteou a escolha dos convidados das composições, que dividem as músicas com Lenine. “Entre o Baque Solto e o Olho de Peixe, compus muito e com os próximos, como Bráulio Tavares, Lula Queiroga, Dudu Falcão, Ivan Santos. Era um grupo, todo mundo da mesma geração, tudo nordestino. A gente frequentava os mesmos lugares onde tinha show antes de sair de Recife. O disco [Olho de Peixe] tem muito dessa intimidade, e todas essas pessoas continuaram a aparecer nos discos que fiz. É um sentimento genuíno que carrego e continuo praticando: a música como ferramenta de aproximação”.

Acredite ou não

Em 1992, Suzano havia passado 20 dias em Memphis, nos Estados Unidos, gravando com Joan Baez, e conheceu o engenheiro de som James A. Ball nesta ocasião. “Aí quando terminamos o Olho de Peixe, tive a ideia de chamar ele para mixar, Foi fundamental o fato de ter sido mixado lá. O Jim Ball adorou o disco, ficou louco”, diz Suzano. 

“A gente mixou em Nova York, no RPM Studios, com Jim Ball, que é um cara fodão, da área do country, da música acústica. Teve uma série de confluências que só confirmavam o lugar especial que aquele disco poderia chegar. A gente sabia que poderia chegar em uma coisa mais global. Até porque isso já estava acontecendo, aquela música étnica já estava tomando conta, e a linguagem pop se apropriando”, lembra Lenine. 

Olho de Peixe foi produzido de forma independente, com os recursos dos envolvidos, e quando ficou pronto, foi oferecido às majors do mercado fonográfico, mas não houve interesse. “Nenhuma gravadora se interessou pelo disco”, diz Suzano: “Acontece que o estúdio onde nós gravamos era muito utilizado pela gravadora Velas, que era do Ivan Lins, Vitor Martins e Paulinho Albuquerque, e eles sacaram. Como a Velas tinha essa proposta de lançar coisas fora do mainstream, a gente caiu como uma luva”. 

Em 1993, o disco saiu em CD no Brasil e, em 1995, saiu no Japão. “No Japão, foi muito bem aceito. Tanto que a gente fez uma temporada de um mês lá. Foi o maior barato!”, conta Suzano. E a percepção de que Olho de Peixe estava conectado a um movimento global mostrou-se correta. Começava a raiar a aurora dos novos tempos que iriam se impor: vivia-se a transição do analógico para o digital, do CD para o vinil, os primeiros estágios da popularização da internet e o início da globalização que marcaria os anos seguintes. 

Não por acaso, a “world music” se colocava na indústria musical: havia uma comunicação nova entre partes diversas do mundo a partir da música. “‘World music’, o que é isso, né? Como se tivesse a ‘Jupiter music’, ora”, questiona Lenine: “Isso nada mais foi do que um rótulo para mostrar a música não anglo-saxônica. E isso aconteceu no planeta. Muita coisa surgiu fazendo mistura entre a música contemporânea urbana com a música mais tradicional. O Olho de Peixe também tinha essa coisa. Ele reverberava esse livre trânsito que a música popular estava promovendo no planeta”.

“[O disco] teve um reconhecimento tanto dentro do Brasil quanto fora do Brasil. Foi meio que simultâneo”, diz Lenine: “A gente começou a fazer show, encher as casas, e aí de repente se abriram os festivais de ‘world music’. Nos verões da Europa, tinha 200 festivais acontecendo. E eles se organizavam pra não ter muita concorrência e facilitar as produções. Era tudo feito de uma maneira que dava para você fazer. Trabalhava-se muito, mas rodava-se o planeta. Esse boom todo, de alguma maneira, eu e o Suzano inauguramos”, diz Lenine referindo-se a como a música brasileira dos anos 1990 foi assimilada pelo mercado estrangeiro da época. 

Inspirados pelo lema punk “faça você mesmo”, Lenine, Suzano, Denilson e Marcelo Bueno (agente, produtor e empresário), viajaram muito divulgando o Olho de Peixe. O formato enxuto do disco permitia a circulação ágil: “Rodamos o mundo, os quatro, diversas vezes. A gente fazia turnês muito objetivas, cada um era o seu roadie. Era parte de trem, parte de carro, cumprindo um roteiro maluco. Depois, fui aprimorando, mas tudo começou ali com o Olho de Peixe”. 

E o show, assim como o disco, era absolutamente impactante. “Quando a gente foi tocar no palco, era aquilo ali. Mesmo as canções que tiveram overdubs com outros instrumentos, não precisava. Ao vivo, a gente resolvia. O show e o disco eram todos muito especiais nesse sentido. A gente chegou em uma equação muito incrível no tocar. Era muito impactante ver aquele duelo em cima do palco e o som que a gente tirava”, diz Lenine.

“O show era uma pancada braba, porque o show é exatamente a base do disco”, reforça Suzano: “Teve excelentes críticas, a gente ficou meio cult, e tinha o boca a boca. O primeiro show foi legal, aí o segundo e o terceiro já foi doideira. Foi numa crescente, a gente chegou a se apresentar no Free Jazz, no Rio, aí Japão, Europa… Fizemos show em Nova York, foi aquela sequência”, diz Suzano.  

Com o tempo, ficou evidente como Olho de Peixe deixou uma marca explícita na música feita no Brasil. “Uma série de coisas que aconteceram em torno do Olho de Peixe, como a consolidação da percussão brasileira passar a ser protagonista. Isso acontecia esporadicamente. E o lance de que, na linha evolutiva do violão brasileiro, dei uma volta e fui num lugar que, mesmo que não estivesse mirando, eu acertei. E o lance daquele duo soando como um power trio muito pesado, isso também é uma sacolejada, ao tirar o ‘banquinho’ do ‘banquinho e violão’. Não tinha banquinho. O violão era sujo. [O disco] tinha uma concepção sonora que sabíamos que tinha um atrativo. Era sedutor o tipo de alquimia sonora que a gente conseguia”. 

Suzano reconhece a importância que teve seu encontro com Lenine e o Olho de Peixe: “Foi muito importante, ganhei um prêmio, em 1993, da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, de músico revelação, foi muito legal. De certa forma, o meu trabalho, gravando e tocando com um monte de gente, continuou. Mas na coisa das batidas, dos beats, aí eu já virei uma referência. Aí dizem: ‘Ah, aquela levada do ‘Olho de Peixe’; ‘aquela que está lá no ‘Mais Além’, né?”.     

“Esse disco foi uma grande escola para mim, pro Suzano e pro Denilson”, diz Lenine: “Foi uma triangulação muito oportuna, e cada um se entregou totalmente em busca de fazer uma coisa bela para os três, para o coletivo. Por isso, cada um de nós tem esse afeto com o trabalho. Ao celebrar ele, me deparo com todos esses sentimentos. Que bacana que a gente fez isso da maneira como a gente fez. Sedimentou o meu carinho, e fez isso com o Suzano, com Denilson Campos e mesmo com Marcelo Bueno, que há muitos anos mora na França e que conheceu a parceira dele no meio da turnê. Ela era minha agente na Europa. Tá vendo como são as coisas?”. 

A dupla apresentará o disco no Coala Festival, no dia 6 de setembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. 

Sexta-feira (6/9): O Terno, Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes, Lenine e Suzano tocam Olho de Peixe (1993), Boca Livre e Silvia Machete.

Sábado (7/9): Lulu Santos, Os Paralamas do Sucesso, Bebé, Tulipa Ruiz com participação de Criolo, João Bosco, Sandra de Sá, Hyldon e Tássia Reis.

Domingo (8/9): 5 a Seco, Xande de Pilares canta Caetano Veloso, Mariana Aydar e Mestrinho, Timbalada e Afrocidade, Planet Hemp, Joyce Alane e Yago Oproprio.

Serviço Coala Festival 2024
Datas: 
6, 7 e 8 de setembro
Endereço: Memorial da América Latina – Av. Mário de Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo/SP
Ingressos: https://www.totalacesso.com/events/coalafstvl2024 

Esta matéria foi publicada originalmente na edição 137 da revista NOIZE, lançada com o vinil de Olho de Peixe, de Lenine e Suzano, em 2023.

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26/08/2024

Editor - Revista NOIZE // NOIZE Record Club // noize.com.br
Ariel Fagundes

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